São Paulo, sábado, 05 de outubro de 2002

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PANORÂMICA

VANDALISMO

Grupo atira bomba em ônibus em movimento, fere cinco passageiros e foge
Um grupo não-identificado atirou uma bomba dentro de um ônibus em movimento, no final da tarde de ontem, quando o coletivo passava pela avenida Nossa Senhora da Assunção, no Jaguaré, zona oeste da capital. Cinco pessoas ficaram feridas.
Havia cerca de 60 passageiros dentro do ônibus da linha 748A (Lapa-Peri Peri), no momento em que a bomba de fabricação caseira entrou por uma das janelas. O ataque ocorreu por volta das 17h30.
Segundo o motorista Romildo do Carmo, 27, a bomba teria sido atirada de uma viela na altura do número 1.000 da avenida Nossa Senhora da Assunção.
"Eu estava subindo no sentido Peri Peri quando ouvi alguns fogos e um estouro mais forte. Olhei para trás e vi fumaça dentro do ônibus", contou Carmo.
Dos cinco passageiros atingidos, apenas Márcia de Queirós Macedo, 33, teve ferimentos graves. Ela foi levada ao PS (Pronto Socorro) São Luiz -onde, de acordo com a Polícia Militar, sofreu uma cirurgia plástica no braço.
Márcia estava sentada perto da porta traseira, do lado direito do coletivo. A bomba teria caído sobre o colo dela.
Segundo o motorista, que a viu logo após a explosão, ela também ficou ferida levemente no rosto.
Os outros quatro feridos -uma menina de dois anos, um senhor de cerca de 50 anos e duas mulheres -tiveram apenas escoriações leves e foram liberados no próprio local do ataque, por médicos da equipe de resgate. Todos foram atingidos por fragmentos da bomba.

Sem pistas
Não há pistas sobre quem teria atirado a bomba. A polícia informou que um PM à paisana, que estava dentro do ônibus, desceu após a explosão e correu atrás de um grupo de adolescentes pela viela de onde a bomba teria sido jogada -mas não conseguiu alcançá-los.
A viela leva a uma favela -conhecida na região como Favela 1.010- e o bando teria se dispersado dentro dela, em meio aos barracos.
O caso foi registrado no 93º DP (Jaguaré). No ônibus ficaram apenas restos de pólvora e papelão, material com o qual a bomba teria sido confeccionada. (DO "AGORA")


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