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São Paulo, domingo, 05 de outubro de 2003

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EDUCAÇÃO

Instituição será fechada

Crise atinge tradicionais colégios de Campinas

CAROLINA FARIAS
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS

Dois dos mais tradicionais colégios de Campinas (SP), o Progresso e o Batista, curvaram-se diante das crises administrativa e financeira. O Progresso está mudando sua administração, que passa a ser de uma faculdade, após anunciar que iria deixar de funcionar, e o Batista vai definitivamente fechar as portas.
As duas instituições refletem a situação do ensino particular no Estado, que nos últimos sete anos viu o número de unidades crescer 117%, enquanto o número de alunos evoluiu só 16,4%.
Das cerca de 300 escolas particulares de Campinas, 18% enfrentam problemas financeiros atualmente principalmente devido à inadimplência, segundo estimativa do Sieesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de São Paulo). Sete anos atrás, só 7% tinham dificuldades.
Com 103 anos de existência, a mantenedora do Colégio Progresso (Sociedade Brasileira de Educação e Instrução) anunciou em agosto que poderia fechar as portas em decorrência dos problemas financeiros. Com 580 alunos e uma mensalidade média de R$ 430, o Progresso apresenta um déficit com a manutenção da escola de cerca de R$ 400 mil.
A medida provocou uma onda de protestos entre pais, alunos e ex-alunos do colégio. Manifestações de apoio também vieram de outras instituições de ensino, dentre elas a Metrocamp (Faculdade Integrada Metropolitana de Campinas), escolhida para administrar o colégio. A faculdade deu início à "transição" há cerca de três semanas e já anunciou mudanças: a implantação do ensino médio no colégio.
Criado há 33 anos, o Colégio Batista não resistiu à diminuição de 87,3% no número de alunos nos últimos dez anos e fechará suas portas em dezembro.
No prédio, localizado no centro de Campinas, o COC (Curso e Colégio Oswaldo Cruz) instalará outra unidade, também com ensinos médio e fundamental.


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