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Pacientes reclamam da falta de remédio para transplantados
Problema ocorreu em posto de saúde na Vila Mariana (zona sul)
PEDRO FONSECA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Pacientes que receberam
transplante renal afirmam
enfrentar problemas para retirar remédio em ao menos
um posto de saúde em SP.
A servidora pública Fatima Aparecida Prospéro, 50,
teve o rim transplantado há
nove anos. Mensalmente, ela
vai ao Centro de Saúde Lívio
Amato, na Vila Mariana, para retirar os medicamentos.
Ontem, porém, diz ter sido
surpreendida com a falta de
Myfortic 360 (micofenolato
sódico), um imunossupressor -essencial para evitar
que o novo rim seja rejeitado.
A Folha telefonou para o
posto de saúde e também foi
informada de que não havia
Myfortic 360 em estoque nem
previsão de recebimento.
A paciente recorreu ao
Hospital do Rim e Hipertensão da Unifesp. Funcionários
disseram que cerca de 20 pessoas procuraram o local ontem devido à falta de medicamentos no posto de saúde.
Segundo a funcionária
Edivânia Lopes, a instituição
fornece os remédios para suprir a falta nos postos. Como
o estoque se destina a internados, a quantidade para os
transplantados é limitada.
Fatima recebeu 14 comprimidos -quantidade suficiente para uma semana.
A Secretaria de Estado da
Saúde afirmou que a falta se
deve a atraso na entrega pelo
Ministério da Saúde, responsável pelo fornecimento.
O ministério informou que
a aquisição foi concluída e
que um lote deverá chegar à
secretaria nesta semana.
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