São Paulo, quarta-feira, 05 de outubro de 2011

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FOCO

Cercada por usinas, queda d'água na divisa com Argentina está sumindo

DE PORTO ALEGRE

Cercada por usinas hidrelétricas, uma das principais atrações turísticas do RS vem frustrando visitantes ao ficar cada ano mais "invisível".
O salto do Yucumã, na fronteira com a Argentina, é considerado a queda d'água mais extensa do mundo, com quase dois quilômetros. Ambientalistas e a Prefeitura de Derrubadas -onde fica o Parque Estadual do Turvo, que abriga a atração- afirmam que usinas no rio Uruguai alteraram o regime das águas, que agora encobrem o salto por mais tempo.
A primeira usina da região é de 2000, mas o problema se acentuou recentemente. Até 20 mil pessoas por ano visitam o lugar. "Turistas vêm de longe e não conseguem ver o salto", diz o responsável pelo parque, Leandro Stringari.
Moradores dizem que a situação pode se agravar com um projeto de duas grandes hidrelétricas entre Brasil e Argentina. O plano prevê a inundação de 28 mil hectares de unidades de conservação, mas a Eletrobrás diz que não há risco para o Yucumã. A direção da usina Foz do Chapecó (SC) diz que a hidrelétrica influencia o nível do rio Uruguai em um trecho de 19 km, enquanto o salto fica a 140 km de lá.
A Tractebel, responsável pelas hidrelétricas de Machadinho e Itá, diz que não há relação entre a visibilidade do salto e as usinas. As direções das três usinas usinas atribuem o problema a chuvas acima da média na região.
(FELIPE BÄCHTOLD)


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