São Paulo, quarta-feira, 05 de outubro de 2011

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SÃO CAETANO

Para delegada, resposta à tragédia no ABC foi enterrada com menino

DE SÃO PAULO - A delegada Lucy Fernandes, responsável pelo caso do aluno de dez anos que atirou na professora e em seguida se matou, em São Caetano (Grande São Paulo), disse ontem que a resposta para o caso foi enterrada com o menino. Segundo ela, ainda não há explicação para a tragédia, ocorrida no último dia 22, mas é possível afirmar que a criança não tinha o perfil de um assassino, e portanto, não planejou o crime.
"Ele não deu nenhuma dica que cometeria o crime. Ele era carinhoso, não tinha um histórico [de violência]. Se tivesse planejado, daria sinais para os pais, se despediria". Anteontem, a delegada ouviu a professora Rosileide Queiroz de Oliveira, 38 -que foi ferida pelo aluno- e mais quatro colegas de classe do garoto.
Lucy disse que os alunos deram diferentes versões para o crime. Três deles afirmaram que o estudante mostrou a arma -um revólver calibre 38, que pertencia ao pai dele- antes do intervalo. Um chegou a dizer que ouviu o jovem afirmar que atiraria na professora. Já o depoimento da professora, de acordo com a delegada, pouco acrescentou às investigações. Segundo Lucy, a professora disse que o estudante era tranquilo e que ficou chocada ao saber que o disparou partiu dele.
Outros quatro estudantes serão ouvidos até sexta-feira, data em que o IC (Instituto de Criminalística) e o IML (Instituto Médico Legal) deverão enviar os laudos sobre o caso.


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