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ADMINISTRAÇÃO
Empresas vão ter que colocar cobertura para evitar queda de entulho; equipamento só poderá ficar na rua por 3 dias
Caçambas terão regras mais rígidas em SP
ALEXSSANDER SOARES
DA REPORTAGEM LOCAL
Obstáculo para os motoristas e,
muitas vezes, um incômodo para
a vizinhança, as caçambas terão
de seguir regras mais rígidas para
continuar nas ruas de São Paulo.
A principal mudança, de acordo
com decreto publicado ontem pelo prefeito José Serra (PSDB), é reduzir o prazo máximo de permanência das caçambas nas ruas de
cinco para três dias. Para ficar
mais tempo, será preciso renovar
o pedido junto à prefeitura.
São cerca de 25 mil caçambas
espalhadas pelas ruas da cidade,
sendo que, segundo a prefeitura,
12 mil delas estão irregulares.
Pelas novas regras, as caçambas
vão mudar seu layout: terão de
colocar uma faixa ou pintura refletiva para permitir sua visualização a pelo menos 40 metros de
distância; as empresas de coleta
de entulho terão de identificar
suas caçambas com um número
de telefone disponível durante 24
horas, o número do cadastro com
a data de validade da inscrição no
Departamento de Limpeza e o telefone 156, da Central de Atendimento da prefeitura.
Caçambas vazias não serão
mais permitidas nas ruas aguardando a coleta de entulho. Durante o transporte até as áreas de
transbordo, será obrigatório o
uso de uma cobertura para impedir a queda de entulho.
O decreto também estabeleceu
novas regras para a localização
das caçambas nas ruas. Elas não
poderão ficar estacionadas em
ruas estreitas - com menos de
5,8 metros de largura - deverão
ficar do mesmo lado em caso de
mais de uma localizada na mesma
rua e só poderão ficar a mais de 40
metros após cruzamentos e em
pistas com curvas.
As empresas de coleta de entulho terão 30 dias para cumprir as
novas exigências. A prefeitura
tem 400 empresas cadastradas para coleta de entulho.
Os proprietários que não seguirem as determinações pagarão
uma multa, que pode variar de R$
200 a R$ 1.500. Desde 26 de setembro, já foram apreendidas 310 caçambas irregulares.
O decreto também determina
que as empresas da construção civil -consideradas grandes geradoras de resíduos- se cadastrem
no Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana).
Para facilitar o transporte de entulhos, a Secretaria Municipal de
Serviços pretende ampliar, nos
próximos seis meses, os pontos de
transbordo na cidade. Hoje há
cinco pontos, e a idéia é abrir mais
20 pontos locais onde os restos da
construção civil são despejados.
O secretário de Serviços, Andrea Matarazzo, afirma que o decreto pretende diminuir o número de caçambas irregulares e depósitos clandestinos na cidade.
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