|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SEGURANÇA
Proposta prevê que funcionamento de estabelecimento varie conforme o grau de violência da região onde está
Taxa de homicídio definirá horário de bares
DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"
A prefeitura estuda aprovar licença de funcionamento para bares com horários diferentes para
fechamento, dependendo do índice de violência de cada região. A
proposta foi discutida na noite de
ontem entre as secretarias de Governo e das Subprefeituras, Guarda Civil Metropolitana e integrantes do Instituto Sou da Paz.
Os representantes da prefeitura
querem, primeiro, realizar um
trabalho de conscientização com
os proprietários de bares dos distritos do Grajaú (zona sul), Brasilândia (zona norte) e Lajeado (zona leste) para fechamento às 22h.
O trabalho -envolvendo associações comunitárias, ONGs, subprefeituras e sindicato de lojistas e
comerciantes- seguiria o modelo implementado desde junho do
ano passado no Jardim Ângela
(zona sul). "Vamos trabalhar primeiro com o diálogo, tentando
um acordo com os comerciantes
em distritos com alto índice de
violência nas zonas norte, sul e
leste. Numa segunda etapa, poderíamos mudar a lei, aprovando licenças de funcionamento dos bares com horários diferentes", disse o secretário das Subprefeituras,
Walter Feldman. Ele ressaltou
que no Jardim Ângela houve um
índice de 60% de adesão voluntária dos comerciantes para fechamento às 22h.
Outras áreas da cidade, no entanto, também podem ter os bares fechados mais cedo. O prefeito
José Serra (PSDB) disse que, "se
na Vila Madalena (zona oeste de
São Paulo) houver bares onde haja assassinatos, também vamos
procurar fechá-los mais cedo".
Num primeiro momento, porém, a administração municipal
admite que pode diferenciar bairros que tenham caraterísticas turísticas, culturais e artísticas.
"Não é um fechamento generalizado, é onde for foco de homicídio", afirmou Serra. "Não estamos discutindo barulho, o critério aqui é homicídio."
O sindicato que representa os
bares e restaurantes na capital se
mostrou a favor da iniciativa, desde que restrita a áreas com alto índice de criminalidade. "Não pode
atingir toda a cidade, tem que separar o joio do trigo", disse Mario
Fuchs, diretor de Comunicação
do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de SP.
O prefeito também pediu que o
vereador Jooji Hato (PMDB), autor da "lei seca" em vigor desde
1999, seja chamado para discutir
atualizações na sua proposta.
A lei prevê o fechamento de bares e casas noturnas sem isolamento acústico, estacionamento e
seguranças à 1h.
Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Panorâmica - Acidente: Trator invade calçada e atropela camelô na esquina da Consolação com a Paulista Índice
|