DA REPORTAGEM LOCAL

O tradicional almoço da família da analista de processos Lilian Dias, 32, estava prestes a acontecer. A mãe, na cozinha, preparava os últimos alimentos. Ela tomava banho.
"Só escutei um barulho muito alto e vi o fogo entrar pela janela do banheiro", disse Lilian, ainda tremendo. "Não sabia o que fazer, se corria, se chorava. Não acreditava no estava acontecendo. Parecia uma filme que a gente vê na TV."
Lilian diz morar há 30 anos na casa ao lado de onde o avião matou oito pessoas. A cada da analista foi parcialmente atingida. "Eu acho que o avião caiu de barriga e uma das asas atingiram nossa casa. Não sei direito o que aconteceu. Parece que estou sonhando", afirmou ela.
Ela conta ainda que, desesperada, tentou entrar no quarto, mas não conseguiu. A porta estava emperrada.
Só se lembra da mãe cobri-la com um cobertor e todos saírem correndo para a rua.
"Nós entramos no carro do meu noivo e tentamos fugir. Tivemos de parar porque tinha muita gente vindo correndo na rua para ver o acidente", afirmou ela.
"Quando paramos o carro, meu noivo teve de correr atrás do meu pai, que queria voltar para casa", contou ela. (RP)


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Frase
Índice