São Paulo, quinta-feira, 05 de novembro de 2009

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Assalto a banco gera pânico
na Faria Lima

Tentativa de roubo a agência do Citibank provocou troca de tiros e interdição do trânsito durante o horário de almoço

Um assaltante foi baleado e preso no local, e o outro, detido após perseguição; foi o 2º assalto à mesma agência desde setembro

Flávio Florido/UOL
Trânsito parado na av. Faria Lima, em Pinheiros, devido à operação da polícia para prender assaltantes de agência bancária

PABLO SOLANO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Uma tentativa frustrada de assalto a banco provocou ontem tiroteio, pânico e interdição do trânsito durante o horário de almoço na avenida Brigadeiro Faria Lima (zona oeste), uma das principais regiões empresariais de São Paulo.
Um assaltante foi baleado e preso no local; o outro acabou detido, após perseguição. Em busca de outros possíveis envolvidos no crime, os policiais entraram num restaurante, gerando pânico entre os clientes.
O tumulto começou depois que os dois homens invadiram, por volta do meio-dia, uma agência do Citibank, que não tinha porta giratória nem detector de metais. Funcionários e clientes foram feitos reféns.
A Polícia Militar chegou pouco depois e iniciou negociações com os assaltantes. Por causa do cerco formado por ao menos 15 carros de polícia, o tráfego foi interrompido na avenida.
A troca de tiros teve início quando um segurança do Citibank tentou retirar a arma das mãos de um dos criminosos. O outro ladrão acabou baleado no ombro. Preso, foi encaminhado ao Hospital das Clínicas.
"Eles só tinham uma arma. Se não houvesse a intervenção do segurança, possivelmente ficaria tudo resolvido sem nenhum disparo", disse a comandante da PM na região, capitão Fernanda da Silva.
Na confusão, o assaltante armado tentou fugir. Após dar um tiro numa vidraça, saiu da agência e invadiu um estacionamento na rua Tavares Cabral, onde acabou preso.
Na mesma via, os policiais fizeram uma busca por outros possíveis envolvidos no assalto. Conforme pessoas que trabalham no local, a presença dos agentes causou pânico num restaurante e numa empresa.
A proprietária do restaurante Villa Cabral, Marlene Calafiori, disse que parte dos clientes se apavorou ao ver os policiais armados entrando no local. Alguns dos que estavam no térreo se esconderam atrás do balcão. Já um grupo de mulheres que almoçava no primeiro andar decidiu derrubar as mesas para utilizá-las como barricadas contra possíveis tiros.
Na empresa Banco de Eventos, ao lado do restaurante, um funcionário disse que os PMs chutaram a porta para entrar. Os empregados, assustados, acharam que fossem ladrões.
A mesma agência do Citibank foi assaltada em setembro, quando um dos vigilantes foi baleado. O banco informou que não iria se manifestar.


Colaborou a Folha Online.


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