São Paulo, quinta-feira, 05 de novembro de 2009

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DIDEROT POMPEU DE TOLEDO
(1912-2009)


Um médico das antigas e sua família futebolística

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Até segunda-feira, Diderot Pompeu de Toledo, 97, era dono de um dos mais antigos registros do Conselho Regional de Medicina de SP. Sua inscrição de nº 3600 foi feita em 16 de abril de 1957.
Filho de um tabelião que se mudava frequentemente de cidade, Diderot nasceu em Piracicaba (SP) e estudou na Escola Paulista de Medicina, na capital. Especialista em problemas do estômago, foi médico a serviço da estrada de ferro Sorocabana e do São Paulo, seu time do coração.
O irmão Cícero Pompeu de Toledo, também são-paulino roxo, era presidente do clube e morreu de câncer antes de ver o estádio do Morumbi, que leva o seu nome, pronto.
Seus irmãos, além de terem nomes pouco comuns -como Sérvulo e Clicie- eram ligados ao futebol. Os gêmeos Brício e Simas, por exemplo, foram dirigentes do Palmeiras e do Santos, respectivamente -e nunca brigaram por isso.
Diderot não teve envolvimento maior com seu time além de ter sido torcedor e médico. Tocou seus dois consultórios até se aposentar, com cerca de 70 anos.
Dedicou-se então a sua coleção de selos, mas teve de vendê-la porque na casa onde morava com a filha Vera não havia espaço para guardá-la.
Viúvo desde 2003, perdeu dois filhos de câncer -doença comum na família. Um deles era Caio, que foi deputado estadual e federal e secretário municipal e estadual de Esporte. O que matou Diderot na segunda foi uma isquemia.
Ele teve quatro filhos, sete netos e 11 bisnetos.

coluna.obituario@uol.com.br


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