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DIDEROT POMPEU DE TOLEDO
(1912-2009)
Um médico das antigas e sua família futebolística
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Até segunda-feira, Diderot
Pompeu de Toledo, 97, era
dono de um dos mais antigos
registros do Conselho Regional de Medicina de SP. Sua
inscrição de nº 3600 foi feita
em 16 de abril de 1957.
Filho de um tabelião que se
mudava frequentemente de
cidade, Diderot nasceu em Piracicaba (SP) e estudou na Escola Paulista de Medicina, na
capital. Especialista em problemas do estômago, foi médico a serviço da estrada de
ferro Sorocabana e do São
Paulo, seu time do coração.
O irmão Cícero Pompeu de
Toledo, também são-paulino
roxo, era presidente do clube
e morreu de câncer antes de
ver o estádio do Morumbi,
que leva o seu nome, pronto.
Seus irmãos, além de terem
nomes pouco comuns -como
Sérvulo e Clicie- eram ligados ao futebol. Os gêmeos Brício e Simas, por exemplo, foram dirigentes do Palmeiras e
do Santos, respectivamente
-e nunca brigaram por isso.
Diderot não teve envolvimento maior com seu time
além de ter sido torcedor e
médico. Tocou seus dois consultórios até se aposentar,
com cerca de 70 anos.
Dedicou-se então a sua coleção de selos, mas teve de
vendê-la porque na casa onde
morava com a filha Vera não
havia espaço para guardá-la.
Viúvo desde 2003, perdeu
dois filhos de câncer -doença
comum na família. Um deles
era Caio, que foi deputado estadual e federal e secretário
municipal e estadual de Esporte. O que matou Diderot
na segunda foi uma isquemia.
Ele teve quatro filhos, sete netos e 11 bisnetos.
coluna.obituario@uol.com.br
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