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BARBARA GANCIA
Bicho-papão comeu as decorações de Natal
A visita do presidente Bush
ao Reino Unido parece ter
causado graves transtornos nos
súditos da rainha. Circulam rumores de que Tony Blair estaria
fazendo uso de uma proteção sanitária como modo de enfrentar a
misteriosa doença estomacal que
o acometeu desde que seu colega
norte-americano partiu de Londres. Pois é, os ingleses estão dizendo que o primeiro-ministro
deu para andar de fraldas.
Como se isso não bastasse, a ex-spice girl Victoria Beckham, mulher de sir David Beckham, teria
removido um a um todos os pêlos
daquela região corporal que é conhecida, aqui na terrinha, afetuosamente por "Cláudia Ohana"
(em homenagem à edição da
"Playboy" que mostrou a atriz
nua), e que ingleses costumam
chamar de "bush", ou seja, de arbusto. Freud, ou melhor, Masters
e Johnson explicam.
Mas nada, nada do que eu possa revelar neste reduzido espaço
se compara em bizarrice à declaração feita pelo canibal de Rotenburg, o alemão Armin Meiwes, de
que, em 12 meses passeando pela
internet, ele teria descoberto 430
pessoas dispostas a devorar alguém ou ser devoradas.
Pense bem: os radicais que se
candidatam a morrer pela causa
islâmica costumam ir pelos ares
com a promessa de encontrar mil
virgens na chegada ao paraíso e
com a garantia de que seus familiares serão recompensados com
status e dinheiro.
Já os candidatos a vítima do canibal recém-imprisionado na
Alemanha, o que eles ganhariam
em troca de seu sacrifício? A única dádiva que eu consigo conceber é uma viagem de luxo pela tubulação do banheiro em direção
ao esgoto.
E por falar em esgoto, será implicância minha ou a cidade inteira está cheirando à "Eau de
Gambá"? A fedorentina que antes
estava localizada apenas na região da av. Eng. Luiz Carlos Berrini parece ter se espalhado pela
redondeza. Em qualquer esquina
dos endinheirados Jardins, basta
a temperatura esquentar, para
que o mau cheiro dê as caras.
Nossa querida São Paulo está
dando dó. Veja, por exemplo, o
Obelisco do Ibirapuera. De monumento histórico, foi transformado em acessório de suporte para os banners da empresa de telefonia Claro. Será que algum publicitário da Grã-Bretanha teria a
pachorra de sugerir que a estátua
de lorde Nelson, na londrina Trafalgar Square, fosse coberta por
flâmulas da Vodafone?
E as decorações de Natal, por
acaso o nobre leitor sabe dizer onde elas foram parar? Pois é, eu
também não faço a mínima idéia.
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