São Paulo, sexta-feira, 05 de dezembro de 2008

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Mortes violentas crescem no Norte e no Nordeste

DA SUCURSAL DO RIO

As Estatísticas do Registro Civil do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que houve uma tendência de crescimento na proporção de mortes violentas nas regiões Norte e Nordeste, ao passo que no Sudeste e no Centro-Oeste o movimento foi inverso. No Sul, os dados do instituto indicam estabilidade.
Mortes violentas são as motivadas por causas externas, em especial homicídios, suicídios e acidentes de trânsito. São mortes que afetam principalmente jovens do sexo masculino.
Em 2007, o IBGE registrou nas regiões Norte e Nordeste a maior proporção de mortes violentas entre homens desde 1990. No Norte, esse percentual chegou a 19% do total de óbitos registrados. No Nordeste, ficou em 14%.
Isso fez com que as taxas dessas duas regiões se aproximassem das do restante do país.
No Sudeste, o percentual em 2007 de óbitos violentos foi de 15%. Ele representa uma queda em relação aos 17% em 2000, mas uma tendência de estabilidade quando se observa o dado de 1990, também de 15%.
No Centro-Oeste, a taxa observada para os óbitos masculinos em 2007 foi de 18%. O pico na série histórica da região foi observado em 1996, quando ficou em 22%. Em 1990, a proporção era de 20%.
O Sul foi a região onde a taxa ficou mais estável ao longo das duas últimas décadas, tendo estado sempre entre 13% e 15% -com poucas variações anuais.
Os Estados com maiores proporções de óbitos violentos foram Rondônia, com 28%, Mato Grosso, com 24%, e Espírito Santo com 23%. São Paulo apresentou a 11ª menor taxa.
As menores proporções foram no Piauí (9%), na Bahia (12%) e no Rio Grande do Sul (13%). Nos dois primeiros, porém, o IBGE alerta que há muitas mortes não registradas, o que diminui a real proporção.


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