São Paulo, sexta-feira, 05 de dezembro de 2008

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Sem gás, indústria cerâmica entra em crise em SC

DA AGÊNCIA FOLHA

A interrupção no fornecimento de gás natural, causada pela ruptura do gasoduto Bolívia-Brasil, vem provocando uma crise na indústria cerâmica de Santa Catarina, uma das principais do Estado. Pelo menos 1.200 funcionários foram obrigados a entrar em férias coletivas no sul do Estado.
As fábricas começaram a desligar os fornos depois que o gasoduto rompeu na cidade de Gaspar durante as chuvas no Vale do Itajaí.
Com um prejuízo estimado em R$ 7 milhões diários desde 24 de novembro, o setor começou a operar nesta semana com gás de cozinha, que custa o dobro do gás natural, e pede medidas compensatórias para os governos estadual e federal.
Segundo o sindicato das indústrias cerâmicas de SC, Otmar Müller, o setor faturou R$ 118 milhões só em outubro e representa 15,5% da produção nacional de cerâmicas.
O governo do Estado já concedeu 30 dias de prazo adicional para pagamento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) por três meses. A SCGás (companhia de gás natural) aumentou o prazo de pagamento de 14 para 50 dias para faturas emitidas antes do desabastecimento.
As indústrias também pedem dilatação do prazo para tributos federais e uma linha de crédito especial para capital de giro de R$ 500 milhões. O governo federal não havia dado uma resposta até ontem. O prazo para o fornecimento ser restabelecido é dia 15, segundo a TBG, subsidiária da Petrobrás.


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