São Paulo, domingo, 05 de dezembro de 2010 |
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Cabral prega a legalização das drogas no mundo Governador do Rio pretende sugerir a Dilma que leve a discussão à ONU Para ele, repressão às drogas mata "inocentes" e gera "gasto" que poderia ser aplicado em outras áreas KENNEDY ALENCAR ENVIADO ESPECIAL AO RIO O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, afirmou que vai levar à presidente eleita, Dilma Rousseff, a ideia de defender em fóruns internacionais "uma discussão" sobre a legalização planetária das drogas leves. Em entrevista à Folha e à RedeTV!, ele disse que "a repressão pura e simples não tem sido inteligente" e que "a proibição leva a mais prejuízo do que uma ação inteligente do poder público". A íntegra da entrevista será exibida no "É Notícia", programa que vai ao ar à 0h30 de hoje para amanhã. Cabral ressalvou que a legalização das drogas não poderia ser adotada por um único país, mas por um conjunto de países. "Isso tem de ser discutido na ONU e no G-20 [grupo das 20 maiores economias]", disse ele. "É um tema que merece a atenção dos chefes de Estado." Na visão do governador, uma experiência poderia ser feita com a maconha. Para ele, a repressão às drogas mata "inocentes" e demanda um "gasto" que poderia ser aplicado em outras áreas. Cabral defende também a legalização do jogo no Brasil, assim como ocorre em outros países, e refuta o argumento de que a medida se prestaria à lavagem de dinheiro. Segundo ele, "regras claras, transparentes" dariam controle legal sobre a atividade. "Falta intensividade na discussão da vida como ela é". Cabral diz ainda que vai sugerir a Dilma que avalie "a unificação das polícias [Civil e Militar]", medida que exige mudança na Constituição. Ao tratar das ações contra o tráfico, ele disse que o prazo para a permanência das Forças Armadas no Complexo do Alemão será o de instalação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadoras) na região, "setembro ou outubro". Segundo ele, haverá repressão na mesma proporção ao tráfico e às milícias, grupos formados por ex-policiais que também controlam comunidades carentes. "O governo não tem pacto com milícia nem com traficante." ROYALTIES Cabral abordou também o pré-sal e disse que aceita um acordo pelo qual todos os Estados (e não só os produtores de petróleo) recebam parte dos royalties, desde que o Rio não perca receita. No texto aprovado pelo Congresso, o Rio arrecadaria menos. O presidente Lula, comparado a "Pelé" por Cabral, comprometeu-se a vetar o artigo que prejudica o Rio, Estado produtor de petróleo. Texto Anterior: Polícia investiga fuga em carro da corporação Próximo Texto: Frase Índice | Comunicar Erros |
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