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tolerável
"A situação é normal no resto do ano"
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O diretor do Sinaenco,
que reúne 10 mil empresas
do setor, Marcelo Rozenberg, diz que um feriado de
problemas estruturais não
é motivo para caros investimentos no litoral.
FOLHA - Existe uma solução
para os problemas que se acumularam no litoral paulista no
fim do ano?
ROZENBERG - Acho que cabe aí uma ponderação: É o
caso de investirmos por
causa de quatro a cinco
dias por ano. Há outros lugares que têm carências de
água e de estradas nos outros 360 dias do ano. É
preciso levar em conta que
para os moradores a situação está atendida. Mesmo
durante a temporada, fora
os dias de pico, não há problemas. Faz sentido uma
cidade ter capacidade de
atender o dobro da população ou até mais por causa de um feriado? Acho
que faz mais sentido investir em rodoanel, em
metrô, em saneamento
onde não existe.
FOLHA - E qual seria a solução
para o feriado?
ROZENBERG - Acho que não
dá para mexer nas liberdades pessoais. Não podemos falar que podem descer 500 carros e o restante
a gente barrar no pedágio.
O que se deve é favorecer
outros pólos para distribuir as pessoas, mas isso
leva tempo. É difícil mudar hábitos em uma época
em que todo mundo quer
pular ondinhas à 0h. As
pessoas que moram no litoral ou que têm certa
condição financeira fogem
da praia nessa época, mas
à medida que melhora a
condição de vida das pessoas de baixa renda, mais
gente vai ao litoral.
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