São Paulo, domingo, 06 de janeiro de 2008

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tolerável

"A situação é normal no resto do ano"

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O diretor do Sinaenco, que reúne 10 mil empresas do setor, Marcelo Rozenberg, diz que um feriado de problemas estruturais não é motivo para caros investimentos no litoral.  

FOLHA - Existe uma solução para os problemas que se acumularam no litoral paulista no fim do ano?
ROZENBERG
- Acho que cabe aí uma ponderação: É o caso de investirmos por causa de quatro a cinco dias por ano. Há outros lugares que têm carências de água e de estradas nos outros 360 dias do ano. É preciso levar em conta que para os moradores a situação está atendida. Mesmo durante a temporada, fora os dias de pico, não há problemas. Faz sentido uma cidade ter capacidade de atender o dobro da população ou até mais por causa de um feriado? Acho que faz mais sentido investir em rodoanel, em metrô, em saneamento onde não existe.

FOLHA - E qual seria a solução para o feriado?
ROZENBERG
- Acho que não dá para mexer nas liberdades pessoais. Não podemos falar que podem descer 500 carros e o restante a gente barrar no pedágio.
O que se deve é favorecer outros pólos para distribuir as pessoas, mas isso leva tempo. É difícil mudar hábitos em uma época em que todo mundo quer pular ondinhas à 0h. As pessoas que moram no litoral ou que têm certa condição financeira fogem da praia nessa época, mas à medida que melhora a condição de vida das pessoas de baixa renda, mais gente vai ao litoral.


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