São Paulo, domingo, 06 de janeiro de 2008

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Dia de pico é dia de pico, diz diretora de agência

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A diretora da Agem (Agência Metropolitana da Baixada Santista), Débora Blanco Bastos Dias, afirma que há planos de melhoria para saneamento e trânsito no litoral paulista.
"Para conseguir pelo menos minimizar os problemas, mas dia de pico é dia de pico. Não vai resolver."  

FOLHA - Como se explica o aumento dos problemas na Baixada Santista nesta virada de ano?
DÉBORA BLANCO BASTOS DIAS
- Além do caos aéreo, a condição do brasileiro de classe média e baixa melhorou e ampliou o número de visitantes da Baixada Santista.
Choveu menos e os reservatórios estavam mais vazios e, esse ano, as pessoas vieram e passaram mais tempo. Como a gente já trabalha com pico, qualquer aumento é significativo. Você está preparado para uma população fixa de 1 milhão e 650 mil pessoas e recebe mais uma vez e meia esta quantia de visitantes.

FOLHA - O que é feito para evitar esses transtornos?
DIAS
- Um exemplo é a Operação Verão, que traz policiais do interior para o litoral. Estamos também implantando o programa Onda Limpa, um investimento enorme de R$ 1,23 bilhão para esgoto e abastecimento de água. Tinha municípios na década de 90 que tinha 0% de tratamento de esgoto, como Mongaguá, por exemplo.
Hoje, o índice é de 62% e vamos chegar perto de 100% mais ou menos em 2011. A região não tem problemas, ela tem problemas quando trabalha no pico.

FOLHA - O planejamento é feito para atender à demanda normal ou a de feriados?
DIAS
- A gente tenta atender a uma demanda de pico. Porque, além da importância turística, temos também uma importância portuária. Então, se temos pico, afetamos a qualidade da região em vários sentidos. Na parte viária, já foi anunciado um viaduto grande em Cubatão e a região vem se preparando para um novo patamar.

FOLHA - Um dia será possível atender a demanda de um Ano Novo?
DIAS
- Trabalhar em picos realmente fica difícil. O fluxo não é distribuído. Nós e nenhum país conseguimos planejar isso. Debatemos na Agem propostas para diminuir os cruzamentos das estradas quando passam pelas cidades. Para conseguir minimizar os transtornos, mas dia de pico é dia de pico. Não vai resolver.


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