São Paulo, quarta-feira, 06 de janeiro de 2010

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Chuva alaga grandes avenidas, de novo

Brasil, Pompeia, Sumaré, 23 de Maio e Aricanduva foram inundadas pelo temporal; túnel Jânio Quadros ficou intransitável

Previsão para hoje é de mais chuva na capital de SP; 2º semestre de 2009 foi o mais chuvoso dos últimos 66 anos na cidade, diz Inmet

DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"

A Brasil, a Pompeia e a Sumaré, importantes avenidas da zona oeste, foram as alagadas do dia em São Paulo ontem. O Jânio Quadros, o túnel que ficou intransitável. Tudo durante a noite, a partir de 21h20.
Outras vias também importantes, como a Nove de Julho, no centro, a 23 de Maio, na zona sul, e a Aricanduva, na zona leste, ficaram debaixo d'água com a chuva que começou no fim da tarde. A diferença é que essas avenidas quase sempre constam dos pontos de alagamento registrados na cidade.
Todos os dias, desde a virada do ano, choveu na capital paulista. Anteontem, por exemplo, os alagamento atingiram a rua 25 de Março, as avenidas Nove de Julho, do Estado e Radial Leste. Ficaram intransitáveis os túneis do Anhangabaú e da avenida Paulista/ Dr. Arnaldo.
O ano de 2010, portanto, segue o caminho do anterior, que teve o segundo semestre mais chuvoso dos últimos 66 anos na cidade, diz o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
A previsão é de chuva até sábado. Hoje, deve haver pancadas à tarde, de acordo com o Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos).
O acumulado de chuva, entre julho e dezembro do ano passado, é de 1.170,2 mm -o maior volume já registrado pelo Inmet, que faz medições na capital desde 1943. A média histórica foi superada em 7 dos 12 meses do ano. De acordo com o meteorologista Marcelo Schneider, 2009 também alcançou uma média alta no acumulado do ano. Entrou para o ranking dos cinco anos mais chuvosos da história, com um total de 2.017,3 mm. O recorde anual foi registrado em 1976.
Ontem, o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da prefeitura, registrou mais de 50 pontos de alagamento em toda a cidade. O aeroporto de Congonhas ficou fechado das 20h44 às 21h34.
No Jardim Pantanal, extremo da zona leste, os bueiros mais uma vez não conseguiram escoar a água das ruas.
"Estou desesperada. A água já está no portão da minha casa e tenho medo de perder o pouco que me restou na última enchente: os colchões, a geladeira e o fogão", disse a dona de casa Tânia dos Reis, 49, que mora no bairro há 15 anos. A região já havia ficado alagada por 14 dias, no início de dezembro, quando o rio Tietê transbordou.


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