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Chuva alaga grandes avenidas, de novo
Brasil, Pompeia, Sumaré, 23 de Maio e Aricanduva foram inundadas pelo temporal; túnel Jânio Quadros ficou intransitável
Previsão para hoje é de mais chuva na capital de SP; 2º semestre de 2009 foi o mais chuvoso dos últimos 66 anos na cidade, diz Inmet
DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"
A Brasil, a Pompeia e a Sumaré, importantes avenidas da zona oeste, foram as alagadas do
dia em São Paulo ontem. O Jânio Quadros, o túnel que ficou
intransitável. Tudo durante a
noite, a partir de 21h20.
Outras vias também importantes, como a Nove de Julho,
no centro, a 23 de Maio, na zona sul, e a Aricanduva, na zona
leste, ficaram debaixo d'água
com a chuva que começou no
fim da tarde. A diferença é que
essas avenidas quase sempre
constam dos pontos de alagamento registrados na cidade.
Todos os dias, desde a virada
do ano, choveu na capital paulista. Anteontem, por exemplo,
os alagamento atingiram a rua
25 de Março, as avenidas Nove
de Julho, do Estado e Radial
Leste. Ficaram intransitáveis
os túneis do Anhangabaú e da
avenida Paulista/ Dr. Arnaldo.
O ano de 2010, portanto, segue o caminho do anterior, que
teve o segundo semestre mais
chuvoso dos últimos 66 anos na
cidade, diz o Inmet (Instituto
Nacional de Meteorologia).
A previsão é de chuva até sábado. Hoje, deve haver pancadas à tarde, de acordo com o
Cptec (Centro de Previsão de
Tempo e Estudos Climáticos).
O acumulado de chuva, entre
julho e dezembro do ano passado, é de 1.170,2 mm -o maior
volume já registrado pelo Inmet, que faz medições na capital desde 1943. A média histórica foi superada em 7 dos 12 meses do ano. De acordo com o
meteorologista Marcelo
Schneider, 2009 também alcançou uma média alta no acumulado do ano. Entrou para o
ranking dos cinco anos mais
chuvosos da história, com um
total de 2.017,3 mm. O recorde
anual foi registrado em 1976.
Ontem, o CGE (Centro de
Gerenciamento de Emergências), da prefeitura, registrou
mais de 50 pontos de alagamento em toda a cidade. O aeroporto de Congonhas ficou fechado das 20h44 às 21h34.
No Jardim Pantanal, extremo da zona leste, os bueiros
mais uma vez não conseguiram
escoar a água das ruas.
"Estou desesperada. A água
já está no portão da minha casa
e tenho medo de perder o pouco que me restou na última enchente: os colchões, a geladeira
e o fogão", disse a dona de casa
Tânia dos Reis, 49, que mora no
bairro há 15 anos. A região já
havia ficado alagada por 14 dias,
no início de dezembro, quando
o rio Tietê transbordou.
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