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Secretário evita falar para não "acirrar polêmica"
DA REPORTAGEM LOCAL
Frente às declarações do presidente do Transurb, o secretário
municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, preferiu o silêncio. Segundo sua assessoria de imprensa, a decisão de não fazer comentários sobre o assunto foi tomada
para não acirrar polêmicas.
Desde a semana passada, quando o TCM pediu a suspensão da
nova licitação, por problemas no
edital, Tatto vem descartando fazer alterações nos termos da concorrência, embora já tenha acatado o pedido e suspendido temporariamente o processo.
A concorrência envolve contratos com um valor total de R$ 12,3
bilhões e faz a concessão dos serviços de transporte público por
até 25 anos na capital paulista.
O secretário já disse diversas vezes que, por ele, grande parte dos
empresários de ônibus que prestam serviço hoje na cidade ficaria
de fora das novas contratações.
Tatto sustenta que houve depósito de cheques-caução para todos
os oito lotes em que a cidade ficou
dividida segundo o novo sistema
-embora mantenha a decisão de
não divulgar que empresas fizeram isso.
Para tentar retomar o processo
de concorrência, a secretaria enviou ontem ao TCM esclarecimentos solicitados pelo órgão,
que contesta dez itens da licitação,
porque eles contrariariam leis
municipais e federais. Uma das
falhas trata do critério para escolher os vencedores da concorrência. São questionadas também as
faltas de justificativa para a concessão e de critérios objetivos para eventuais prorrogações.
(MV)
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