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"Estou há três meses sem trabalho após a lei antipublicidade", afirma empresário
DA REPORTAGEM LOCAL
Kaiser Paiva Celestino da Silva, 46, tem uma pequena empresa em que fabrica faixas,
placas e luminosos.
Com a lei criada pelo prefeito
Gilberto Kassab (PFL) que
proíbe a propaganda nas ruas
de São Paulo, Silva diz que não
consegue nenhum trabalho há
pelo menos três meses.
Ontem, ele disse ter ido ao local para levar exames de seu filho de sete anos a uma médica
da unidade. Com dor de dente,
diz que queria também ser
atendido por um dentista.
Silva afirma que decidiu fazer o protesto ao saber que um
catador de papel que passava
pelo local teria sido abordado
por seguranças que o impediam de reclamar do fechamento de ferros-velhos.
"Eu me indignei com aquilo e
falei o quanto eu estava sendo
prejudicado. Eu nem tinha intenção de falar", disse Silva.
Em nota emitida no final da
tarde de ontem, a prefeitura
afirma que o empresário não é
paciente daquela unidade e que
não tinha consulta marcada
nem para ele nem para o filho.
"O referido cidadão é usuário
regular de clínica médica e
odontologia da UBS da Vila
Zatt, em outra área da região de
Pirituba, onde mora, e não há
registro de reclamações ou
queixas dele por falta de atendimento ou mau atendimento
na unidade", diz a nota.
Ele já foi integrante do conselho gestor do parque municipal Rodrigo de Gasperi, na Vila
Zatt. Também diz ser vice-presidente da associação de moradores do bairro. Chegou a mostrar um cartão da associação
com seu nome. Porém o telefone que ele forneceu aos repórteres não existe mais.
Assessores de Kassab disseram ter a informação de que
Silva era filiado ao PT. O diretório municipal petista, no entanto, informou que o empresário
não consta da lista de filiados.
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