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Psiu impõe limite para festa da campeã
Por acontecer nas ruas do Bexiga, comemoração da Vai-Vai teve de acabar às 21h30 para escola não ser autuada por barulho
Alvo de queixas de vizinhos, escola teve quadra interdidada no início deste ano; presidente disse pleitear na prefeitura área para sede
ROGÉRIO PAGNAN
DA REPORTAGEM LOCAL
CINTHIA RODRIGUES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Mesmo sendo a maior campeã de São Paulo, a Vai-Vai tem
apenas uma minúscula quadra
e, como usa parte das ruas do
Bexiga (região central de São
Paulo) para ensaios e comemorações, só pôde festejar ontem
até as 21h30. O desrespeito era
passível de sanções do Psiu
(multa ou interdição) ou do Ministério Público Estadual, com
quem a escola tem um acordo.
Nesse horário a escola desligou o som e fechou a quadra,
apesar de, mais cedo, o vice-presidente, Claricio Gonçalves,
ter anunciado uma festa de "virar a noite" e provocado os moradores desafetos, a quem
mandou abraços. Restaram os
foliões que ainda comemoravam a conquista, do lado de fora
da quadra, mesmo sem música.
Um abraço havia sido enviado ao publicitário Marcelo Vitorino, morador do bairro há
oito anos e autor de uma série
de denúncias aos órgãos públicos contra a Vai-Vai. "Eles contrariam zona azul, segurança,
vendem bebida para menor [de
18 anos], não têm medida preventiva contra acidentes, mas
continuam aí", disse Vitorino,
que afirmou estar de mudança.
Os fiscais do Psiu multaram
em 2006 a agremiação em
R$ 24.282 (a escola diz ter ganho recurso). Neste ano, poucos dias antes do início do Carnaval, a prefeitura interditou a
quadra pelo barulho acima do
permitido (60 dB).
O município informou que
autuaria de novo a escola se
houvesse desrespeito ao horário. A Vai-Vai teria 90 minutos
de tolerância para dispersão.
O secretário Floriano Pesaro
(Assistência e Desenvolvimento Social) pediu, porém, ao secretário Andrea Matarazzo
(das Subprefeituras) que segurasse seus fiscais. "Até as 22h,
ele segura a onda", disse Pesaro, que desfilou pela Vai-Vai.
O presidente, Edmar Thobias da Silva, disse pleitear na
prefeitura uma área para construir nova quadra e reclamou
da falta de "envolvimento da cidade com o Carnaval". "O paulistano precisa ser mais bem
amado e menos estressado."
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