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Belo Horizonte reduziu internações
DA REPORTAGEM LOCAL
Pelo menos 28 prefeituras do
país têm planos próprios de controle da asma. Uma das pioneiras
é a de Belo Horizonte (MG). Há
dez anos, ela desenvolve o programa Criança que Chia, que reúne
17 mil crianças e adolescentes.
Graças ao projeto, elaborado
em parceria com a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), o município reduziu em
75% o índice de internação hospitalar de crianças asmáticas.
Outra conquista atribuída ao
programa é a mudança das causas
de mortalidade infantil. Até 2004,
as doenças respiratórias e infecciosas (entre elas a asma) lideravam o ranking de mortes. Desde
então, as más-formações congênitas tomaram o primeiro lugar.
Segundo Geralda Magela Costa
Calazans, coordenadora do programa, além da capacitação dos
médicos, a ação envolve os pais,
que, uma vez por mês, são chamados para receber informações e
trocar experiências.
A oferta de medicamentos está
associada ao vínculo com a rede
de saúde. "Não funciona apenas
distribuir o remédio. A família
tem de se engajar no programa.
Só assim temos um controle de
que aquela criança está usando
corretamente a medicação."
Em São José dos Campos (SP)
programa semelhante foi iniciado
em 2003. Após diagnosticados e
cadastrados na rede municipal de
saúde, os pacientes asmáticos (de
qualquer grau) são medicados.
Cerca de 30% dos asmáticos da cidade (6.600) são beneficiados.
Segundo a médica Vera Lucia
Sgarbi, que coordena o programa,
uma das dificuldades no início foi
derrubar o tabu de que os medicamentos inaláveis faziam mal.
"Tanto médicos como os pais tinham esse temor. Foi um trabalho grande para convencê-los."
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