São Paulo, segunda-feira, 06 de março de 2006

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Belo Horizonte reduziu internações

DA REPORTAGEM LOCAL

Pelo menos 28 prefeituras do país têm planos próprios de controle da asma. Uma das pioneiras é a de Belo Horizonte (MG). Há dez anos, ela desenvolve o programa Criança que Chia, que reúne 17 mil crianças e adolescentes.
Graças ao projeto, elaborado em parceria com a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), o município reduziu em 75% o índice de internação hospitalar de crianças asmáticas.
Outra conquista atribuída ao programa é a mudança das causas de mortalidade infantil. Até 2004, as doenças respiratórias e infecciosas (entre elas a asma) lideravam o ranking de mortes. Desde então, as más-formações congênitas tomaram o primeiro lugar.
Segundo Geralda Magela Costa Calazans, coordenadora do programa, além da capacitação dos médicos, a ação envolve os pais, que, uma vez por mês, são chamados para receber informações e trocar experiências.
A oferta de medicamentos está associada ao vínculo com a rede de saúde. "Não funciona apenas distribuir o remédio. A família tem de se engajar no programa. Só assim temos um controle de que aquela criança está usando corretamente a medicação."
Em São José dos Campos (SP) programa semelhante foi iniciado em 2003. Após diagnosticados e cadastrados na rede municipal de saúde, os pacientes asmáticos (de qualquer grau) são medicados. Cerca de 30% dos asmáticos da cidade (6.600) são beneficiados.
Segundo a médica Vera Lucia Sgarbi, que coordena o programa, uma das dificuldades no início foi derrubar o tabu de que os medicamentos inaláveis faziam mal. "Tanto médicos como os pais tinham esse temor. Foi um trabalho grande para convencê-los."


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