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Decoradora leva dois tiros em tentativa de roubo nos Jardins
Crime ocorreu na rua Barão de Capanema, ontem de manhã; homens fugiram a pé
Segundo a polícia, Elisa Cinci Avelino da Silva teria esboçado reação ao ser abordada por criminosos,
ao voltar de supermercado
RICARDO WESTIN
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma mulher de 54 anos levou dois tiros ontem de manhã
numa tentativa de assalto na
rua Barão de Capanema, nos
Jardins, bairro nobre da zona
central de São Paulo. No início
da noite de ontem, ela estava
internada na UTI (Unidade de
Terapia Intensiva) de um hospital particular, e seu estado de
saúde era estável.
A decoradora Elisa Cinci
Avelino da Silva estava a cem
metros de casa -voltava a pé do
supermercado, acompanhada
do marido- quando dois homens tentaram levar a bolsa
dela. Segundo a polícia, Elisa
teria esboçado uma reação, o
que fez com que um dos homens disparasse três vezes.
Eram aproximadamente 9h.
Dois tiros acertaram-na
-um na coxa e outro na barriga. Ela tombou no meio-fio, em
frente ao número 121 da rua Barão de Capanema, onde ficou
até a chegada do socorro. À tarde, ainda se via uma poça de
sangue no local.
Os dois criminosos fugiram a
pé em direção à avenida Nove
de Julho, sem levar a bolsa. Câmeras de segurança de prédios
vizinhos registraram a fuga. A
polícia não tinha pistas deles
até o início da noite de ontem.
O socorro médico chegou logo e, às 9h24, Elisa chegou à
emergência do Hospital das
Clínicas "em estado grave", segundo os médicos. Ela passou
por cirurgia para retirar as balas. A pedido da família, ela foi
transferida para o Hospital
Paulistano à tarde, assim que
seu estado se estabilizou.
Elisa mora na rua Barão de
Capanema, uma via tranqüila,
há mais de 15 anos com o marido e três filhos, segundo funcionários do edifício dela. O caso
chocou os vizinhos.
"Você mora nas alturas, coloca grade na janela... Mas, quando você sai, tudo isso não serve
de nada. É assustador", disse
Roseano Félix, zelador do edifício Sardenha, onda Elisa mora.
A publicitária Mônica Buckup correu para a janela assim
que ouviu os tiros, disparados
diante de seu prédio. Do segundo andar, ela viu Elisa caída no
chão. "Ouvi um grito discreto
de "socorro". E depois os três tiros: pá, pá, pá... Olhei para baixo
e vi aquela cena. Havia muito
sangue", conta a publicitária.
"Tenho filhos pequenos. Isso
me deixa com medo. Fico preocupada agora até mesmo para ir
ao jornaleiro da esquina."
O caso está sendo investigado pelo 78º DP (Jardins). Procurado pela Folha, o distrito
policial disse que a responsável
pela investigação é a delegada
plantonista Maria Cristina
-seu sobrenome não foi informado-, mas que ela não daria
entrevistas. O resumo do boletim de ocorrência foi dado pela
Secretaria de Estado da Segurança Pública.
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