São Paulo, quinta-feira, 06 de março de 2008

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Decoradora leva dois tiros em tentativa de roubo nos Jardins

Crime ocorreu na rua Barão de Capanema, ontem de manhã; homens fugiram a pé

Segundo a polícia, Elisa Cinci Avelino da Silva teria esboçado reação ao ser abordada por criminosos, ao voltar de supermercado

RICARDO WESTIN
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma mulher de 54 anos levou dois tiros ontem de manhã numa tentativa de assalto na rua Barão de Capanema, nos Jardins, bairro nobre da zona central de São Paulo. No início da noite de ontem, ela estava internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de um hospital particular, e seu estado de saúde era estável.
A decoradora Elisa Cinci Avelino da Silva estava a cem metros de casa -voltava a pé do supermercado, acompanhada do marido- quando dois homens tentaram levar a bolsa dela. Segundo a polícia, Elisa teria esboçado uma reação, o que fez com que um dos homens disparasse três vezes. Eram aproximadamente 9h.
Dois tiros acertaram-na -um na coxa e outro na barriga. Ela tombou no meio-fio, em frente ao número 121 da rua Barão de Capanema, onde ficou até a chegada do socorro. À tarde, ainda se via uma poça de sangue no local.
Os dois criminosos fugiram a pé em direção à avenida Nove de Julho, sem levar a bolsa. Câmeras de segurança de prédios vizinhos registraram a fuga. A polícia não tinha pistas deles até o início da noite de ontem.
O socorro médico chegou logo e, às 9h24, Elisa chegou à emergência do Hospital das Clínicas "em estado grave", segundo os médicos. Ela passou por cirurgia para retirar as balas. A pedido da família, ela foi transferida para o Hospital Paulistano à tarde, assim que seu estado se estabilizou.
Elisa mora na rua Barão de Capanema, uma via tranqüila, há mais de 15 anos com o marido e três filhos, segundo funcionários do edifício dela. O caso chocou os vizinhos.
"Você mora nas alturas, coloca grade na janela... Mas, quando você sai, tudo isso não serve de nada. É assustador", disse Roseano Félix, zelador do edifício Sardenha, onda Elisa mora.
A publicitária Mônica Buckup correu para a janela assim que ouviu os tiros, disparados diante de seu prédio. Do segundo andar, ela viu Elisa caída no chão. "Ouvi um grito discreto de "socorro". E depois os três tiros: pá, pá, pá... Olhei para baixo e vi aquela cena. Havia muito sangue", conta a publicitária. "Tenho filhos pequenos. Isso me deixa com medo. Fico preocupada agora até mesmo para ir ao jornaleiro da esquina."
O caso está sendo investigado pelo 78º DP (Jardins). Procurado pela Folha, o distrito policial disse que a responsável pela investigação é a delegada plantonista Maria Cristina -seu sobrenome não foi informado-, mas que ela não daria entrevistas. O resumo do boletim de ocorrência foi dado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública.


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