São Paulo, quinta-feira, 06 de março de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Rebelião de 5 horas destrói prisão superlotada de Franca

Polícia vai apurar como revólver entrou na cadeia

JUCIMARA DE PAUDA
DA FOLHA RIBEIRÃO

Uma rebelião de cinco horas destruiu parcialmente a superlotada cadeia de Franca (400 km de São Paulo) entre a noite de anteontem e a madrugada de ontem. Com capacidade para 216 detentos, a unidade abrigava 475 -das 28 celas, cinco foram interditadas após o término do motim. Segundo a polícia, ninguém ficou ferido.
A rebelião iniciou às 20h30, durante a distribuição do jantar. Um carcereiro foi feito refém por presos com um revólver calibre 38. "Abrimos sindicância para saber como a arma entrou na cadeia. Fizemos revistas periódicas, e ela não estava lá", disse o delegado seccional Maury de Camargo Segui.
Para liberar o carcereiro, os detentos exigiram a presença da advogada Ariane dos Anjos, que defende vários presos acusados de ligação com o PCC, entre eles Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola (suposto líder da facção). Os rebelados exigiram que ela acompanhasse a revista na cadeia -o que ocorreu ontem de manhã. Foram encontrados 20 celulares, facas e barras de ferro.
Os rebelados mantiveram acesa uma fogueira, abastecida com tênis, roupas, camas, colchões, roupas e alimentos. Os líderes do motim responderão pelos crimes de porte ilegal de arma, formação de bando ou quadrilha, cárcere privado e dano ao patrimônio público.


Texto Anterior: Aeroportos: Buenos Aires lidera número de ocorrências
Próximo Texto: Crime: Alemão, que participou de furto ao BC, é condenado a 49 anos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.