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Rebelião de 5 horas destrói prisão superlotada de Franca
Polícia vai apurar como revólver entrou na cadeia
JUCIMARA DE PAUDA
DA FOLHA RIBEIRÃO
Uma rebelião de cinco horas
destruiu parcialmente a superlotada cadeia de Franca (400
km de São Paulo) entre a noite
de anteontem e a madrugada
de ontem. Com capacidade para 216 detentos, a unidade abrigava 475 -das 28 celas, cinco
foram interditadas após o término do motim. Segundo a polícia, ninguém ficou ferido.
A rebelião iniciou às 20h30,
durante a distribuição do jantar. Um carcereiro foi feito refém por presos com um revólver calibre 38. "Abrimos sindicância para saber como a arma
entrou na cadeia. Fizemos revistas periódicas, e ela não estava lá", disse o delegado seccional Maury de Camargo Segui.
Para liberar o carcereiro, os
detentos exigiram a presença
da advogada Ariane dos Anjos,
que defende vários presos acusados de ligação com o PCC, entre eles Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola (suposto líder da facção). Os rebelados exigiram que ela acompanhasse a revista na cadeia -o
que ocorreu ontem de manhã.
Foram encontrados 20 celulares, facas e barras de ferro.
Os rebelados mantiveram
acesa uma fogueira, abastecida
com tênis, roupas, camas, colchões, roupas e alimentos. Os
líderes do motim responderão
pelos crimes de porte ilegal de
arma, formação de bando ou
quadrilha, cárcere privado e dano ao patrimônio público.
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