CAMILA RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL

A Europa é a origem de 44% dos spams enviados para todo o mundo, aponta pesquisa da Symantec, que desenvolve programas de proteção ao computador. Em segundo lugar está a América do Norte, com 35,1% das mensagens indesejadas -a maioria delas vem dos EUA. O estudo supõe que a causa seja o aumento de usuários de banda larga.
Eduardo Tarajo, presidente do conselho diretor executivo da Abranet (Associação Brasileira dos Provedores de Internet), afirma que 80% dos spams recebidos no Brasil vêm de outros países. "Estamos falando de uma rede que é global, e a lei [o projeto aprovado ontem] é aplicável somente ao Brasil."
Ainda não existe uma regulamentação mundial, mas outros países criaram leis parecidas com as do projeto brasileiro.
Os EUA, por exemplo, têm, entre outras leis, a Can-Spam, que vigora desde 2004 e exige que mensagens comerciais incluam links de "opt-out" (para sair da lista) e deixem visíveis o endereço físico da empresa. É proibido o uso de títulos enganadores e falsos cabeçalhos.
Em maio do ano passado, a polícia local prendeu Robert Alan Soloway, conhecido como "rei do spam". Ele foi acusado de fraudes, apropriação de identidade alheia e lavagem de dinheiro.
Para disseminar mensagens, ele teria usado redes de computadores zumbis, ou seja, teria infectado máquinas de pessoas inocentes que eram usadas por outro computador para enviar spams. Soloway teria ganho US$ 773 mil com fraudes on-line.


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