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Tráfico agrediu grupo que jogou casal de penhasco, diz polícia
FÁBIO GRELLET
DA SUCURSAL DO RIO
A polícia diz que as agressões
partiram de traficantes da favela da Rocinha (zona sul), onde o
grupo morava. Eles teriam exigido que os ladrões se entregassem para evitar a incursão de
policiais pela favela, o que atrapalharia a venda de drogas.
Ensanguentados, com cortes
e manchas pelo corpo e dizendo terem apanhado "da comunidade" e "da família", quatro
homens foram presos, anteontem à noite, acusados de assaltar um casal e empurrá-lo de
um penhasco, a cerca de 50 metros de altura, na avenida Niemeyer, em São Conrado (zona
sul do Rio), na terça-feira.
A polícia acusa os quatro presos -um deles é português,
mas vive no Brasil desde criança- de outros dois assaltos na
mesma noite, tendo sido reconhecidos por três das vítimas.
Anteontem a PM recebeu várias denúncias anônimas sobre
o caso. Todas eram infundadas,
até que, por volta das 20h, seguindo uma das orientações, a
polícia encontrou três homens
bastante machucados saindo
da favela. Revistados, eles tinham documentos e objetos do
casal assaltado -o advogado
Marcelo de Souza Vianna, 43, e
a publicitária Paula Guimarães
Barreto da Silva, 31.
O trio foi levado ao hospital
Miguel Couto, onde o quarto
acusado acabou detido. Segundo a delegada Tércia Amoedo,
da 14ª DP (Leblon), traficantes
da Rocinha reuniram os quatro
-o português Antonio Manuel
Carvalho Ribeiro, 33, Thiago
Faustino Apolinário dos Santos, 20, Alexandre dos Santos
de Oliveira e Wilson Alves da
Silva, ambos de 18-, e aplicaram uma surra.
O quarteto nega ter sido alvo
de traficantes. Reconhecidos
pelas vítimas, todos foram indiciados por tentativa de latrocínio e podem ser condenados a
até 25 anos de prisão. Eles já tinham passagens pela polícia
por roubo e furto e tiveram a
prisão temporária decretada
pela Justiça por 30 dias.
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