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Sociólogo é investigado por violação de dados sigilosos
Túlio Kahn foi demitido da
Segurança Pública de SP
MARIO CESAR CARVALHO
DE SÃO PAULO
A Polícia Civil instaurou
inquérito para apurar se o sociólogo Túlio Kahn violou o
sigilo de dados criminais
mantidos pela Secretaria de
Segurança de São Paulo.
Kahn chefiou a CAP (Coordenadoria de Análise e Planejamento), centro de estatísticas criminais da secretaria, até a última terça-feira,
quando foi demitido pelo governador Geraldo Alckmin.
Alckmin disse que a atividade empresarial dele era incompatível com a função que
exercia no governo.
A demissão foi anunciada
após a Folha revelar que
Kahn tem uma empresa, a
Angra Consultoria, que inclui em seus serviços dados
sigilosos sobre violência.
Funcionários da Secretaria
da Segurança Pública também prestavam serviços para
a Angra.
Documentos obtidos pela
Folha revelaram que o funcionário da Secretaria da Segurança Pública usava dados que o governo paulista
se recusa a divulgar, como os
locais com concentração de
furto e roubo de carros, para
clientes privados.
Kahn disse à Folha na última segunda-feira que jamais
violou o sigilo de dados criminais. Segundo ele, as empresas não eram seus clientes, mas patrocinadores de
pesquisas sobre violência.
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