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Prédio era
garantia de
dívida com BB
SHIRLEY EMERIC
da Sucursal de Brasília
O Banco do Brasil recebeu da
Sersan notas promissórias dos
moradores dos edifícios Palace 1 e
2 como garantia de uma dívida de
R$ 13 milhões. Agora, a instituição
pretende devolver esses títulos à
construtora e obter outros em
substituição.
Para assegurar a renegociação de
R$ 13 milhões com o BB, a construtora entregou diversas notas
promissórias dos compradores de
seus empreendimentos imobiliários. O banco não informou quanto representam as promissórias do
condomínio Palace em relação ao
total da dívida da Sersan.
O BB já entrou com ação na Justiça do Rio, depositando em juízo
todas as notas promissórias e pedindo a substituição dos títulos.
O diretor de crédito do BB, Edson Soares Ferreira, disse que o
banco não escolhe as notas promissórias por empreendimento ao
exigir a apresentação desses títulos
na garantia. Segundo ele, o banco
descartou a hipótese de cobrar a
dívida dos moradores e, por isso,
resolveu trocar as promissórias.
O juiz poderá mandar a execução da dívida ou deixar os títulos
presos. Os moradores terão que
entrar com ação na Justiça para
pedir a suspensão ou o sequestro
desse título, já que o imóvel, objeto da compra, não existe mais.
A negociação da construtora
com o banco vem desde 1987,
quando a empresa assumiu parte
das dívidas da Sérgio Dourado
Empreendimentos Imobiliários,
que estava em dificuldades financeiras. A Sersan não cumpriu o
acordo, e o banco ajuizou uma
ação em outubro de 89. Na época,
foram penhorados dois terrenos
na Barra da Tijuca, que, segundo o
BB, garantiam o valor do débito.
A Sersan protelou a execução da
dívida na Justiça, com recursos
processuais, e apenas em 95 foi fechado um acordo com o BB. Um
ano depois, a empresa voltou a ficar inadimplente.
A empresa foi obrigada a voltar a
discutir o refinanciamento da dívida e assinou outro acordo em setembro de 97. Na época, além de
entregar as notas promissórias, a
empresa pagou R$ 450 mil e ofereceu um reforço de penhora de
uma ação indenizatória.
Nota do BB informa que as decisões sobre a operação de crédito
foram precedidas de análises. "Em
nenhum momento houve qualquer liberação de recursos do BB
para a Sersan. O cliente assumiu
parte das responsabilidades de outra empresa devedora."
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