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FEBRE AMARELA
Morte de costureira em Americana (SP) motivou a ação
Comitê internacional vai
investigar reação a vacina
RAQUEL LIMA
free-lance para a Folha Campinas
O Ministério da Saúde, por
meio da Funasa (Fundação Nacional da Saúde), formou um comitê internacional para investigar
as reações adversas à vacina contra febre amarela.
A investigação se deve à morte
da costureira Kate Cristina Ramos, 22, no dia 27 de fevereiro
passado, vítima de reação à vacina, em Americana (133 km a noroeste de SP).
De acordo com a Funasa, fazem
parte do comitê integrantes da
Organização Pan-Americana de
Saúde, especialistas em epidemiologia, infectologia e ainda técnicos de laboratórios de referência para a saúde pública.
Segundo o diretor do Centro
Nacional de Epidemiologia da
Funasa, Jarbas Barbosa, um dos
integrantes do comitê, exames de
Kate estão sendo analisados pelo
laboratório Fiocruz, do Rio de Janeiro, além de laboratórios de Belém e dos Estados Unidos.
"Ainda não chegamos a nenhuma conclusão", disse Barbosa. Ele
afirmou que a expectativa é concluir os estudos em um mês.
A reunião entre os integrantes
do grupo deve acontecer em Brasília, segundo Barbosa.
"Por enquanto, estamos trocando informações via e-mail", disse.
Os órgãos de saúde também
analisam a possibilidade de o surto de meningite viral da região de
Campinas estar relacionado à vacinação contra a febre amarela.
Segundo Barbosa, apenas o caso
de Kate é estudado pelo grupo de
especialistas.
Ele afirmou que o caso da criança de 5 anos que morreu em Goiânia no dia 7 de dezembro do ano
passado foi descartado como reação à vacina.
A vacinação de rotina contra a
febre amarela está suspensa no
Estado desde que ficou comprovado que Kate morreu devido à
reação à vacina.
Apenas na região de São José de
Rio Preto a campanha está sendo
feita em pontos isolados, em razão de uma morte por febre amarela registrada na cidade (leia texto nesta pág.).
Kate morreu no HC (Hospital
de Clínicas) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) 11
dias após ter sido imunizada.
O Instituto Bio-Manguinhos é o
responsável pela produção da vacina no Brasil. O diretor do instituto, Marcos de Oliveira, disse
que a probabilidade de haver erro
na produção da vacina contra a
febre amarela é próxima a zero.
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