São Paulo, quinta-feira, 06 de abril de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FEBRE AMARELA

Morte de costureira em Americana (SP) motivou a ação

Comitê internacional vai investigar reação a vacina

RAQUEL LIMA
free-lance para a Folha Campinas

O Ministério da Saúde, por meio da Funasa (Fundação Nacional da Saúde), formou um comitê internacional para investigar as reações adversas à vacina contra febre amarela.
A investigação se deve à morte da costureira Kate Cristina Ramos, 22, no dia 27 de fevereiro passado, vítima de reação à vacina, em Americana (133 km a noroeste de SP).
De acordo com a Funasa, fazem parte do comitê integrantes da Organização Pan-Americana de Saúde, especialistas em epidemiologia, infectologia e ainda técnicos de laboratórios de referência para a saúde pública.
Segundo o diretor do Centro Nacional de Epidemiologia da Funasa, Jarbas Barbosa, um dos integrantes do comitê, exames de Kate estão sendo analisados pelo laboratório Fiocruz, do Rio de Janeiro, além de laboratórios de Belém e dos Estados Unidos.
"Ainda não chegamos a nenhuma conclusão", disse Barbosa. Ele afirmou que a expectativa é concluir os estudos em um mês.
A reunião entre os integrantes do grupo deve acontecer em Brasília, segundo Barbosa.
"Por enquanto, estamos trocando informações via e-mail", disse.
Os órgãos de saúde também analisam a possibilidade de o surto de meningite viral da região de Campinas estar relacionado à vacinação contra a febre amarela.
Segundo Barbosa, apenas o caso de Kate é estudado pelo grupo de especialistas.
Ele afirmou que o caso da criança de 5 anos que morreu em Goiânia no dia 7 de dezembro do ano passado foi descartado como reação à vacina.
A vacinação de rotina contra a febre amarela está suspensa no Estado desde que ficou comprovado que Kate morreu devido à reação à vacina.
Apenas na região de São José de Rio Preto a campanha está sendo feita em pontos isolados, em razão de uma morte por febre amarela registrada na cidade (leia texto nesta pág.).
Kate morreu no HC (Hospital de Clínicas) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) 11 dias após ter sido imunizada.
O Instituto Bio-Manguinhos é o responsável pela produção da vacina no Brasil. O diretor do instituto, Marcos de Oliveira, disse que a probabilidade de haver erro na produção da vacina contra a febre amarela é próxima a zero.




Texto Anterior: Inculta & Bela - Pasquale Cipro Neto: Duas vírgulas que mudam tudo
Próximo Texto: Causa ainda é desconhecida
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.