|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CRIME NO RJ
Dois presos são espancados até a morte em cela
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Dois presos foram espancados
até a morte por colegas de cela durante uma rebelião na carceragem
da 123ª DP, em Macaé (no norte
fluminense, a 188 km do Rio), iniciada na madrugada de ontem. As
mortes foram provocadas por
uma briga entre presos de facções
rivais. Outros 12 ficaram feridos.
Morreram os presos Adilson Corrêa, 28, e Daniel Ignácio, 18.
Na carceragem, havia 156 presos -142 são de uma facção criminosa e os 14 restantes, de outra.
Os detentos da facção majoritária
exigiam a retirada dos rivais das
celas, que têm capacidade para
abrigar somente 60 homens. Policiais da delegacia não informaram a quais facções pertencem os
dois grupos de presos. Parte dos
detentos será transferida hoje para outras delegacias.
O delegado Felipe Bittencourt e
o tenente-coronel Álvaro Henrique Pessanha negociaram com os
prisioneiros o fim do motim.
Entre os sete feridos levados para o Hospital Municipal de Macaé, há pelo menos um em estado
muito grave. André Henrique Bazani teve traumatismo craniano e
corre risco de morte.
Trinta homens do Batalhão de
Choque da Polícia Militar acompanhavam uma revista na carceragem da delegacia, até a conclusão desta edição.
Em nota, a promotora Manoela
Penido Rocha Verbicário atribuiu
a rebelião "à inércia do governo
estadual, que não tomou a tempo
as providências para acabar com
a superlotação das celas nem investiu na instalação de uma Delegacia Legal e uma Casa de Custódia no município, que é um dos
que experimentam maior crescimento populacional em todo o
Rio de Janeiro".
Em novembro passado, promotores inspecionaram o local e encontraram irregularidades "que
ultrapassavam todos os limites do
suportável, tanto do ponto de vista legal como do ponto de vista da
dignidade humana".
Texto Anterior: Outro lado: Defesa diz que suspeitas são só suposições Próximo Texto: SP 450 anos?: Ibirapuera não terá auditório antes de junho Índice
|