DA REPORTAGEM LOCAL

A Amar, a Conectas Direitos Humanos e a Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança apresentaram ontem denúncias contra a Febem à Corregedoria Geral e à Procuradoria Geral de Justiça.
As denúncias se referem às condições de detenção dos adolescentes (como alimentação insuficiente e falta de produtos de higiene pessoal) e a maus-tratos (agressões físicas e verbais).
As irregularidades relatadas foram verificadas, segundo as entidades, em visita ao presídio de Tupi Paulista na semana passada.
Os adolescentes afirmaram às entidades que eram ofendidos o tempo todo com palavras como "vagabundos", "lixos" e "bandidos". Também foi verificado que vários internos têm micoses.
As entidades dizem ainda que os colchões são finos e que não há roupa de cama -por isso, os jovens passam frio.
Para o diretor executivo da Conectas, Oscar Vilhena Vieira, 39, esses problemas não podem ser tolerados. "Muito embora estejamos apoiando o processo de reformulação da Febem, não podemos aceitar que esse processo não se dê dentro dos limites de nosso ordenamento jurídico", afirmou.


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