São Paulo, quarta-feira, 06 de abril de 2011

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FOCO

Sindicato pede que transporte coletivo escolar possa usar o corredor de ônibus

CRISTINA MORENO DE CASTRO
DE SÃO PAULO

Na faixa dos carros, ônibus escolares apinhados de crianças, presas no pico do trânsito. Ao lado, um corredor de ônibus fluindo até três vezes mais rápido, mas proibido para o ônibus da escola.
O sindicato dos transportadores escolares quer mudar essa rotina. A entidade vai reivindicar à prefeitura, na próxima segunda, a liberação do tráfego nos corredores para vans e ônibus que transportam estudantes.
Segundo a entidade, cerca de 10 mil veículos escolares trafegam na cidade diariamente, transportando 320 mil estudantes, em média.
A reivindicação também parte de colégios e pais.
O Dante Alighieri, por exemplo, tem uma frota de 42 ônibus. "São 1.100 pais a menos vindo de carro para cá", argumenta o presidente do colégio, José Messina. A escola estima que, usando o corredor, o trajeto poderia diminuir em 20 a 30 minutos.
Só neste ano, a frota do colégio levou seis multas por entrar na faixa de ônibus.
O engenheiro Sergio Ejzenberg, mestre em transportes pela Poli-USP, diz que deveria haver estudos para verificar se os escolares atrapalham o fluxo no corredor.
"Se atrapalhar, deveria tirar o táxi e deixar o escolar, beneficiando o transporte coletivo -seja público ou privado- sobre o individual."
Para Horácio Augusto Figueira, consultor em engenharia de tráfego e transporte, o ideal seria criar uma segunda faixa, apenas para o chamado "transporte solidário" -escolares, fretados e táxis com passageiros-, deixando o corredor totalmente livre para ônibus públicos.
A Secretaria Municipal de Transportes diz que os corredores "foram estruturados para a circulação de transporte coletivo de passageiros de ônibus", mas não explicou por que há exceções para táxis nem se há estudos sobre impacto dos escolares.


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