São Paulo, quinta-feira, 06 de maio de 2004

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ARQUITETURA

Foram encontradas paredes de ladrilhos belgas que estavam escondidas; conclusão das obras deve ser em setembro

Restauração de mercado revela "segredos"

DA REPORTAGEM LOCAL

No meio da reforma, uma surpresa: a descoberta de duas paredes cobertas por ladrilhos belgas que estavam havia anos escondidas atrás de vestiários. Esse é um dos segredos que estão sendo revelados pelas obras de restauração do Mercado Municipal Paulistano, que começaram em outubro. A previsão da prefeitura era que o trabalho estivesse concluído neste mês. O prazo, porém, foi adiado para setembro deste ano.
Segundo Luís Barretto, chefe-de-gabinete da Secretaria Municipal do Abastecimento (Semab), além de imprevistos como a descoberta das paredes ladrilhadas -que demandou um novo trabalho de pesquisa e a encomenda de ladrilhos idênticos aos originais-, o ritmo das obras diminuiu no fim do ano passado para não prejudicar o comércio do local, que continua a funcionar.
A restauração faz parte do projeto Ação Centro, que prevê 130 iniciativas na região central de São Paulo. O prédio foi projetado por Ramos de Azevedo e tem entre os seus atrativos os vitrais do artista Conrado Sorgenitch Filho.
Ao todo, o projeto irá demandar cerca de US$ 168 milhões, dos quais US$ 100 milhões do BID e o restante, da prefeitura. A restauração do mercado está incluída na contrapartida da prefeitura e deve custar cerca de R$ 25 milhões na obra. Desse total, R$ 9,5 milhões já foram desembolsados.
A primeira fase, que envolve uma construção subterrânea com cerca de 1.500 m2, onde será instalada a área de serviços, está praticamente completa, segundo Barretto. A limpeza do teto e a troca das telhas danificadas já foi finalizada. A segunda fase está em andamento e deve ser concluída no início de julho. Essa fase inclui a construção de um mezanino, de cerca de 2.000 m2, no qual funcionará uma área gastronômica.
A terceira etapa inclui a transformação de duas das torres do local em restaurante e a restauração do salão de leilões. Os trabalhos começaram há cerca de dois meses e devem ser concluídos em 40 dias, com exceção de uma das torres, que começou a ser reformada há pouco mais de um mês e será entregue em setembro.
Na última fase, haverá a troca do piso atual por outro, de vidro, e a instalação de elevadores e escadas rolantes até o mezanino. Tudo deve estar pronto até setembro.
Ainda faltam um acordo com a Eletropaulo para que o local tenha uma iluminação diferenciada e a liberação de aproximadamente R$ 3 milhões, frutos de um convênio assinado com a Petrobras em março, para a restauração de outras duas torres. A previsão é que a verba seja liberada em junho.


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