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VITRINE TRINCADA
Gestão Alckmin afirma que elevação de preço foi respaldada por JBIC em razão de aumento de prazo e de serviços
Governo diz ter aval de banco financiador
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo Geraldo Alckmin
(PSDB) se diz respaldado pelo
JBIC (banco japonês financiador
do projeto) para as elevações contratuais de preços nas obras da calha do rio Tietê, uma das quais
acima do limite legal de 25%.
O superintendente do DAEE
(Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo), Ricardo Borsari, afirma ainda
que a alta de custos, especialmente do contrato de apoio ao gerenciamento, que subiu 148%, foi
motivada pelo aumento do prazo,
das dificuldades imprevistas e da
solicitação de serviços adicionais.
Segundo ele, há pareceres jurídicos para sustentar as mudanças.
"Foi um sucesso conseguir limitar
os aditivos [totais a 18,71%], dadas às dificuldades da obra. A cidade viu a obra acontecer, mas
não sentiu", disse à Folha Borsari,
que descarta novos aumentos no
custo em razão da enchente da semana retrasada. "Temos certeza
de que essa [R$ 1,07 bilhão] é a
quantia limite", afirmou.
Ele não quis comentar as avaliações feitas no TCE sob a alegação
de que os recursos do DAEE ainda serão apreciados no tribunal.
O JBIC, contatado pela Folha,
informou que, "com base no
acordo de empréstimo, um aditamento tem que passar pela não-objeção do JBIC para ser efetivado". O banco japonês acrescentou
ainda que "analisa caso a caso a
necessidade de um aditamento".
A instituição é responsável pelo financiamento de 75% da obra.
Borsari diz que os serviços de
gerenciamento abrangem, por
exemplo, as medições dos trabalhos e apoios técnico e jurídico.
Segundo ele, os atrasos de praticamente um ano -em razão de
ações ambientais- afetaram a
produtividade, obrigando a realização de mais levantamentos.
O superintendente do DAEE cita ainda os problemas com bota-fora (lugar de depósito dos materiais retirados do rio). Um deles,
que deveria ser em Guarulhos, teve que ser trocado por outro, em
Itaquaquecetuba, mais distante.
No de Carapicuíba, a Justiça
chegou a proibir temporariamente a realização de despejos. "É
uma série de problemas que levam à solicitação de serviços adicionais", completou Borsari.
(ALENCAR IZIDORO)
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