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Artistas levam
travestis para
grupo teatral
DE SÃO PAULO
No início era a prostituição. E a violência. E os roubos. E também o tráfico de
drogas. Daí chegou o teatro e
fez-se a luz.
Com a chegada dos Satyros à praça Roosevelt, na região central da capital paulista, a vida clandestina dos
travestis que povoavam
aquela região da cidade se
transformou.
O grupo, que se instalou
na praça em dezembro de
2000, encontrou primeiro a
resistência dos travestis, que
viam seu reduto invadido por
artistas. Naquela época, o cenário era de
degradação.
VIDA ARTÍSTICA
Aos poucos, Ivam Cabral e
Rodolfo García Vázquez,
criadores dos Satyros, cooptaram os travestis à vida artística do grupo de teatro.
Muitos passaram a trabalhar
no palco, e foram incorporados à cena temas relacionados à sexualidade dos travestis, que até então eram marginalizados, criminalizados e
estigmatizados pelo resto da
sociedade.
A liderança de Phedra de
Córdoba, uma transexual
nascida em Cuba que hoje é
moradora da praça Roosevelt, foi fator fundamental
para que se realizasse a integração dos travestis -que já
ocupavam a região- ao grupo de teatro.
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