São Paulo, domingo, 06 de junho de 2010

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Artistas levam travestis para grupo teatral

DE SÃO PAULO

No início era a prostituição. E a violência. E os roubos. E também o tráfico de drogas. Daí chegou o teatro e fez-se a luz.
Com a chegada dos Satyros à praça Roosevelt, na região central da capital paulista, a vida clandestina dos travestis que povoavam aquela região da cidade se transformou.
O grupo, que se instalou na praça em dezembro de 2000, encontrou primeiro a resistência dos travestis, que viam seu reduto invadido por artistas. Naquela época, o cenário era de degradação.

VIDA ARTÍSTICA
Aos poucos, Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez, criadores dos Satyros, cooptaram os travestis à vida artística do grupo de teatro. Muitos passaram a trabalhar no palco, e foram incorporados à cena temas relacionados à sexualidade dos travestis, que até então eram marginalizados, criminalizados e estigmatizados pelo resto da sociedade.
A liderança de Phedra de Córdoba, uma transexual nascida em Cuba que hoje é moradora da praça Roosevelt, foi fator fundamental para que se realizasse a integração dos travestis -que já ocupavam a região- ao grupo de teatro.


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