São Paulo, quinta-feira, 06 de julho de 2006

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"Não fiz nada por má-fé", diz político, que vê ação de inimigos em acusação

DA REPORTAGEM LOCAL

O deputado estadual Geraldo Lopes alegou à Folha ter sido vítima de uma fraude para a obtenção do certificado de conclusão do ensino médio.
Embora nunca tenha participado das aulas na escola pública de Salvador, ele disse que imaginou que poderia obter um diploma fazendo só uma prova, conforme explicou a ele um intermediário que anunciava essa oportunidade.
"Hoje, como tenho um conhecimento bem maior das coisas, posso perceber que realmente algo estava errado. Mas juro que não fiz nada por má-fé", afirmou.
"Quando fui lá fazer a prova, havia umas 30 pessoas na sala, gente do Paraná, de Minas Gerais, de São Paulo", conta.
Lopes afirmou que não desconfiou da fraude por envolver uma instituição pública. "Eu não me preocupei tanto porque pensei: é uma escola pública."
Questionado sobre por que não foi verificar a situação após receber um certificado que dizia que ele havia cumprido uma carga horária de 1.600 horas, Lopes afirmou que nem chegou a perceber essa informação em seu documento.
O político do PMDB disse que pretende tomar as medidas possíveis para regularizar a situação. Ele afirmou que a denúncia obtida pela Folha tem motivação política, de pessoas que querem prejudicá-lo e denegrir a sua imagem. Disse, porém, que preferia não revelar por enquanto quem são elas.
O deputado disse que a prova feita em Salvador não foi difícil e que nunca mais conseguiu falar no celular do intermediário que recebeu seu pagamento.
Lopes deu essas explicações ontem, por telefone. No dia anterior, recebeu a reportagem em seu gabinete e disse inicialmente que havia freqüentado a escola estadual em Salvador.


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