São Paulo, segunda-feira, 06 de agosto de 2007

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Balas perdidas matam mulher e garota no Rio

Casos foram em locais distintos; um homem se feriu

ITALO NOGUEIRA
DA SUCURSAL DO RIO

Balas perdidas mataram ontem duas pessoas na zona norte do Rio. Liana Angeles Souza Andrade, 19, foi atingida quando almoçava com o marido Leonardo Antunes Mainomi, 23, no morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, quando uma bala perdida vinda de uma troca de tiros entre traficantes atingiu seu crânio.
Mainomi foi baleado na mandíbula e no pescoço. Ele estava internado em estado grave no hospital Getúlio Vargas até a conclusão desta edição.
Outro incidente envolveu a Tatiana, 13, que brincava em frente a um conjunto residencial onde moram policiais militares, quando foi atingida por volta das 17h30 de sábado.
Segundo policiais do 16º Batalhão da Polícia Militar de Olaria, o disparo partiu da favela Pedra do Sapo, no Complexo do Alemão, que está ocupado pela polícia desde o dia 1º de maio.
A PM informou que anteontem não houve nenhuma operação no local.
A menina foi internada no hospital Getúlio Vargas e não resistiu à segunda parada cardíaca e morreu por volta das 15h30. Não é a primeira vez que o conjunto habitacional -que já foi moradia exclusiva de policiais militares- é atingido por disparos.
O último caso ocorreu em novembro, quando supostos traficantes passaram de carro e dispararam contra os edifícios. A ação teria sido feita por criminosos que atuavam na favela Kelson's e foram expulsos por uma milícia -grupo de policiais, ex-policiais e bombeiros que cobram taxas de moradores em troca de segurança.
Por causa de episódios como esses, moradores do bairro já haviam levantado um muro para se proteger dos tiroteios.
Segundo o Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro, sete pessoas morreram no primeiro trimestre deste ano vítimas de balas perdidas. Duas eram menores de 18 anos.


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