São Paulo, quinta-feira, 06 de agosto de 2009

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Depois de 19 dias, corpo de carioca é achado na África

O brasileiro Gabriel Buchmann, 28, sumiu quando escalava monte no Maláui

O economista viajava pelo mundo desde 31 de julho do ano passado; segundo a família, a causa da morte ainda não foi determinada

Reprodução/Agência O Dia
O economista carioca Gabriel Buchmann, 28, que estava desaparecido na África há 19 dias e cujo corpo foi encontrado ontem

FÁBIO GRELLET
DA SUCURSAL DO RIO

Após 19 dias, o corpo do economista carioca Gabriel Buchmann, 28, foi encontrado ontem em Maláui, na África. Ele estava desaparecido desde 17 de julho, quando escalava o monte Mulanje.
Segundo a família de Buchmann, a causa da morte ainda não foi determinada. "Quem nos avisou foi o tio dele, que está na África. Mas ainda não sabemos qual é o estado do corpo", contou Maria Emília Chaves de Melo, tia do brasileiro.
O tio viajou para Maláui logo após o desaparecimento, para acompanhar as buscas. A namorada de Buchmann também foi para lá. Segundo os amigos, Buchmann já tinha experiência em escaladas.
O economista foi localizado pela equipe contratada para fazer buscas por terra. Outra equipe usava um helicóptero para sobrevoar a área à procura do brasileiro. Mais de 60 pessoas foram mobilizadas para as buscas, inclusive uma equipe de canadenses especializados nesse tipo de serviço.
Anteontem, 11 bombeiros do Rio embarcaram rumo à África para trabalhar nas buscas, mas, segundo a instituição, como o corpo foi localizado, o grupo interrompeu a viagem e já está retornando ao Brasil.
O corpo do economista foi achado no fim do dia e transportado por terra até a sede administrativa do parque florestal em que fica a montanha, onde deve chegar às 7h de hoje (horário de Brasília).
Ali o brasileiro será submetido a necropsia. Depois o corpo será trazido ao Brasil para o enterro. O Ministério das Relações Exteriores informou que está auxiliando a família, mas que caberá a ela arcar com os gastos do transporte do corpo para o Brasil.

Viagem
Buchmann estava viajando pelo mundo desde 31 de julho do ano passado e voltaria ao Brasil em 28 de julho último.
O Maláui seria o penúltimo país visitado pelo brasileiro, que concluiu mestrado em economia na PUC-Rio e iria iniciar doutorado sobre políticas públicas de apoio a populações pobres na Universidade da Califórnia (EUA), em agosto.
Ele chegou a Maláui em 10 de julho e no dia 17 iniciou a escalada da montanha. Estava acompanhado por um guia, mas, de acordo com o administrador do parque onde fica a montanha, dispensou o acompanhante aos 2.000 metros de altura. A escalada deveria terminar às 18h daquele dia, mas o brasileiro sumiu.


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