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Depois de 19 dias, corpo de carioca é achado na África
O brasileiro Gabriel Buchmann, 28, sumiu quando escalava monte no Maláui
O economista viajava pelo mundo desde 31 de julho do ano passado; segundo a família, a causa da morte ainda não foi determinada
Reprodução/Agência O Dia
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O economista carioca Gabriel Buchmann, 28, que estava desaparecido na África há 19 dias e cujo corpo foi encontrado ontem
FÁBIO GRELLET
DA SUCURSAL DO RIO
Após 19 dias, o corpo do economista carioca Gabriel Buchmann, 28, foi encontrado ontem em Maláui, na África. Ele
estava desaparecido desde 17
de julho, quando escalava o
monte Mulanje.
Segundo a família de Buchmann, a causa da morte ainda
não foi determinada. "Quem
nos avisou foi o tio dele, que está na África. Mas ainda não sabemos qual é o estado do corpo", contou Maria Emília Chaves de Melo, tia do brasileiro.
O tio viajou para Maláui logo
após o desaparecimento, para
acompanhar as buscas. A namorada de Buchmann também
foi para lá. Segundo os amigos,
Buchmann já tinha experiência
em escaladas.
O economista foi localizado
pela equipe contratada para fazer buscas por terra. Outra
equipe usava um helicóptero
para sobrevoar a área à procura
do brasileiro. Mais de 60 pessoas foram mobilizadas para as
buscas, inclusive uma equipe
de canadenses especializados
nesse tipo de serviço.
Anteontem, 11 bombeiros do
Rio embarcaram rumo à África
para trabalhar nas buscas, mas,
segundo a instituição, como o
corpo foi localizado, o grupo interrompeu a viagem e já está
retornando ao Brasil.
O corpo do economista foi
achado no fim do dia e transportado por terra até a sede administrativa do parque florestal em que fica a montanha, onde deve chegar às 7h de hoje
(horário de Brasília).
Ali o brasileiro será submetido a necropsia. Depois o corpo
será trazido ao Brasil para o enterro. O Ministério das Relações Exteriores informou que
está auxiliando a família, mas
que caberá a ela arcar com os
gastos do transporte do corpo
para o Brasil.
Viagem
Buchmann estava viajando
pelo mundo desde 31 de julho
do ano passado e voltaria ao
Brasil em 28 de julho último.
O Maláui seria o penúltimo
país visitado pelo brasileiro,
que concluiu mestrado em economia na PUC-Rio e iria iniciar
doutorado sobre políticas públicas de apoio a populações
pobres na Universidade da Califórnia (EUA), em agosto.
Ele chegou a Maláui em 10 de
julho e no dia 17 iniciou a escalada da montanha. Estava
acompanhado por um guia,
mas, de acordo com o administrador do parque onde fica a
montanha, dispensou o acompanhante aos 2.000 metros de
altura. A escalada deveria terminar às 18h daquele dia, mas o
brasileiro sumiu.
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