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Colegas afirmam que ele é o Serjão do HC
da Sucursal de Brasília
Gonzalo Vecina Neto é descrito
como o "Serjão do Hospital das
Clínicas" por quem já trabalhou
com ele em São Paulo.
Fumante, pesando cerca de 100
kg, Vecina reúne dois dos principais fatores de risco para a saúde
definidos por seus colegas médicos -fumo e obesidade-, mas
parece não dar muito importância
ao fato. É do tipo que zomba de si,
mesmo quando fala seriamente.
"Assusta assumir a Vigilância
em um momento como este. Se o
ministro Serra precisar de um pescoço gordo, já sabe onde encontrar", já disse em entrevista.
Flávio Tiné, amigo de Vecina há
15 anos, o define como "um cara
aberto, que entra falando, sai falando, não tem segredos nem papas na língua".
Assessor de imprensa do Instituto Central do Hospital das Clínicas
de São Paulo, do qual Vecina era
diretor antes de assumir a Vigilância Sanitária, Tiné conta que o novo secretário é do tipo viciado em
trabalho. "Ele aparecia no hospital sábado e domingo, saía tarde, é
um louco muito trabalhador."
Apesar do estilo falastrão, Vecina é um bom ouvinte. "Ele defende que a comunicação tem de ser
feita de cima para baixo, de um lado para o outro, da esquerda para
a direita."
Formado pela Faculdade de Medicina de Jundiaí em 77, Vecina
atuou na maior parte de sua vida
profissional como administrador
hospitalar.
Apesar de ter sido chefe de gabinete da Secretaria da Saúde do
Município de São Paulo durante
oito meses na gestão de Paulo Maluf, Vecina é tido por colegas como um homem da esquerda.
"Ele não tem nada da neurose
do executivo, é um tipo muito
brincalhão, nem um pouco formal", definiu Tiné.
(VH e BB)
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