São Paulo, quinta, 6 de agosto de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Colegas afirmam que ele é o Serjão do HC

da Sucursal de Brasília

Gonzalo Vecina Neto é descrito como o "Serjão do Hospital das Clínicas" por quem já trabalhou com ele em São Paulo.
Fumante, pesando cerca de 100 kg, Vecina reúne dois dos principais fatores de risco para a saúde definidos por seus colegas médicos -fumo e obesidade-, mas parece não dar muito importância ao fato. É do tipo que zomba de si, mesmo quando fala seriamente.
"Assusta assumir a Vigilância em um momento como este. Se o ministro Serra precisar de um pescoço gordo, já sabe onde encontrar", já disse em entrevista.
Flávio Tiné, amigo de Vecina há 15 anos, o define como "um cara aberto, que entra falando, sai falando, não tem segredos nem papas na língua".
Assessor de imprensa do Instituto Central do Hospital das Clínicas de São Paulo, do qual Vecina era diretor antes de assumir a Vigilância Sanitária, Tiné conta que o novo secretário é do tipo viciado em trabalho. "Ele aparecia no hospital sábado e domingo, saía tarde, é um louco muito trabalhador."
Apesar do estilo falastrão, Vecina é um bom ouvinte. "Ele defende que a comunicação tem de ser feita de cima para baixo, de um lado para o outro, da esquerda para a direita."
Formado pela Faculdade de Medicina de Jundiaí em 77, Vecina atuou na maior parte de sua vida profissional como administrador hospitalar.
Apesar de ter sido chefe de gabinete da Secretaria da Saúde do Município de São Paulo durante oito meses na gestão de Paulo Maluf, Vecina é tido por colegas como um homem da esquerda.
"Ele não tem nada da neurose do executivo, é um tipo muito brincalhão, nem um pouco formal", definiu Tiné. (VH e BB)



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.