São Paulo, quinta-feira, 06 de setembro de 2007

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"Deu uma gana, e botei na minha cabeça que ia pegar meu filho"

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

A dentista Maria Teresa Ferreira disse que tudo aconteceu muito rápido após decidir não deixar os assaltantes fugirem com um de seus filhos dentro do carro que estava sendo levado pelos criminosos.
"Foi um pouco de sorte e da ajuda de Deus eu ter conseguido pegar meus filhos. Não sei de onde tirei forças", afirmou à Folha, em sua casa.
Ela passou o dia de ontem atendendo a telefonemas de amigos e familiares. Depois foi a uma oficina com o marido para colocar película nos vidros de seu carro. O casal e os dois filhos viajarão no fim de semana para descansar e tentar esquecer o episódio.

 

FOLHA - O que a senhora sentiu no momento do assalto?
MARIA TERESA FERREIRA
- Pânico, pavor, medo. Tudo o que é coisa ruim ao mesmo tempo.

FOLHA - A senhora imaginou que pudesse acontecer algo pior?
MARIA TERESA
- Quando caí no chão e vi que não conseguira tirar meu filho, ali eu pensei: "Agora acabou mesmo, vão levá-lo, vai acontecer o pior". Aí me deu uma gana, uma loucura, e botei na minha cabeça que ia pegar meu filho. E peguei.

FOLHA - A que a sra. atribui não ter acontecido nada com a senhora e com seus dois filhos?
MARIA TERESA
- Foi um pouco de sorte e da ajuda de Deus. Não sei de onde tirei forças.

FOLHA - Os dois assaltantes eram adolescentes. Como a sra. se sente em relação a esse fato?
MARIA TERESA
- Sinto revolta por saber que eles vão ficar pouco tempo na Fase [ex-Febem] e vão estar na rua assaltando novamente em alguns meses. Na verdade, tudo o que aconteceu, eles terem sido pegos em flagrante, de nada adianta, porque serão liberados.


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