São Paulo, sábado, 06 de setembro de 2008

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Força Nacional substitui agente grevista em presídio federal

RODRIGO VARGAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

Por determinação do Ministério da Justiça, 30 homens da Força Nacional de Segurança assumiram ontem funções de vigilância externa e de escolta de presidiários na Penitenciária Federal de Campo Grande.
A presença do grupo foi solicitada pelo juiz federal Odilon de Oliveira, corregedor da unidade, em razão da greve deflagrada ontem pelos agentes penitenciários.
Em ofício ao ministro Tarso Genro (Justiça), Oliveira diz que o protesto dos agentes penitenciários "compromete totalmente" a segurança do presídio -que abriga 160 presos de alta periculosidade, como o principal traficante do país, Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-mar, e o ex-chefe do crime organizado em Mato Grosso João Arcanjo Ribeiro.

Medida provisória
A greve foi convocada pelo Sinapf (Sindicato dos Agentes Penitenciários Federais de Mato Grosso do Sul). A entidade defende a revogação da medida provisória 411, editada em agosto, no trecho que estabelece um novo plano de carreira para a categoria.
A mudança, de acordo com o sindicato, ampliou a carga horária mensal dos agentes de 176 horas para 196 horas, sem que houvesse uma compensação financeira equivalente.
"Indiretamente, é uma redução salarial", diz o agente Yuri Carvalho, presidente do Sinapf, que também critica a criação de uma gratificação por desempenho. "Neste caso, o risco é de redução salarial direta."

"Precipitado"
Nesta semana, o diretor-geral do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), Aírton Michels, negou a possibilidade de redução salarial e chamou de "precipitado" o movimento dos agentes.
"Estamos abertos à negociação", afirmou.
Por determinação judicial, os agentes deverão manter pelo menos 50% do efetivo em serviço enquanto durar a paralisação no presídio.


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