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VIOLÊNCIA
No total, foram quatro os mortos em chacina no subúrbio do Rio; polícia atribui mortes a guerra entre traficantes
2 cabeças são deixadas em frente ao metrô
DA SUCURSAL DO RIO
Quatro homens foram achados
mortos a tiros na madrugada de
ontem, na Fazenda Botafogo, no
subúrbio do Rio. Dois deles foram
decapitados e as cabeças abandonadas em frente à estação do metrô de Acari, junto com o pedaço
de uma perna de uma das vítimas.
Os corpos foram encontrados
primeiro dentro de um Audi, na
rua Senador Vitorino Freire, em
Fazenda Botafogo. Minutos depois, a polícia localizou as cabeças. Até o final da tarde, a polícia
ainda não havia divulgado o nome dos mortos.
A Polícia Civil atribuiu a matança a uma guerra entre traficantes
dos vizinhos morro da Pedreira e
o complexo de favelas de Acari.
As duas comunidades estão em
guerra desde 2002, depois que
houve um racha entre as facções
criminosas TC (Terceiro Comando) e ADA (Amigo dos Amigos).
A partir daí, a Pedreira permaneceu com a ADA, enquanto o
complexo de Acari passou a ser
dominado pelo Terceiro Comando Puro, uma dissidência do antigo Terceiro Comando, dando início aos confrontos.
Os policiais não descartam ainda a hipótese de a chacina ter sido
provocada por uma disputa interna nas duas favelas que, recentemente, tiveram seus líderes do
tráfico presos.
Outros episódios
Os confrontos entre as quadrilhas rivais que atuam na região
têm sido extremamente violentos.
Nos últimos três meses, em razão
da guerra do tráfico na região, outras duas cabeças foram deixadas
na estação de Acari.
A primeira foi encontrada no
dia 14 de julho. Na ocasião, a polícia identificou como sendo de Luciano Alex dos Santos, que, segundo investigações, teria sido assassinado pelo traficante Alberico
de Azevedo Medeiros, 28 anos, o
Derico, então chefe de Acari, preso em agosto.
No dia 4 de agosto, uma cabeça
carbonizada de um jovem que foi
identificado apenas como Rodrigo foi deixada em um dos acessos
à estação.
Bala perdida
Um adolescente de 17 anos foi
atingido no calcanhar por uma
bala perdida na tarde de ontem,
na rua do Bispo, em frente ao
campus da Universidade Estácio
de Sá, no Rio Comprido (zona
norte do Rio).
O garoto estava na companhia
do pai quando foi atingido. A polícia informou não ter a menor
idéia de onde pode ter partido a
bala que feriu o jovem.
Segundo a Polícia Militar, na
hora em que ocorreu o fato, não
havia nenhuma operação no
morro do Turano nem foi registrado nenhum tiroteio na favela,
que tem um dos acessos pela rua
do Bispo.
O adolescente foi levado para o
hospital Souza Aguiar (centro),
onde foi submetido a uma cirurgia. Ele passa bem.
No dia 5 de maio do ano passado, a estudante Luciana Gonçalves de Novaes, então com 20 anos,
foi atingida por um tiro quando
lanchava na lanchonete no campus do Rio Comprido da Universidade Estácio de Sá. A jovem ficou tetraplégica.
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