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MINAS
Trabalhadores receberão indenização; vigias terão coletes
Banco Rural é condenado a pagar R$ 550 mil por falta de segurança
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O Banco Rural foi condenado
pela Justiça do Trabalho de Minas
Gerais a pagar indenização de
R$ 550 mil por danos coletivos
que teriam sido causados a seus
trabalhadores pela suposta falta
de condições de segurança em
suas agências.
A decisão da juíza Maritza Eliane Carvalho, da 28ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, atende a
pedido do Ministério Público do
Trabalho. Além do pagamento da
indenização, a ser revertida ao
FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), determina ao Banco
Rural a instalação, em 60 dias, de
vidros à prova de balas e portas giratórias de segurança em suas 11
agências no Estado.
Pela decisão, do dia 14 de setembro, o banco também fica obrigado a fornecer coletes à prova de
balas aos vigilantes das agências.
No caso de descumprimento de
qualquer um dos itens, a multa é
de R$ 1.000 por dia.
Em nota, o Banco Rural informou que já recorreu da decisão e
que está aguardando o resultado.
O Ministério Público do Trabalho está processando, em ações
semelhantes, 31 bancos que mantêm agências no Estado.
Segundo o Ministério Público,
bancos como Itaú, Nordeste, Banco do Brasil e HSBC já foram condenados ao cumprimento de medidas de segurança.
"Essas ações têm como objetivo
tornar mais seguro o ambiente de
trabalho de vigilantes, bancários e
prestadores de serviço, dado o nível crescente de violência urbana
no país", afirmou o procurador
do Trabalho Antônio Carlos Oliveira Pereira.
Para o Ministério Público do
Trabalho, ao não cumprirem lei
estadual de 1998 que determina a
instalação de dispositivos de segurança em agências e postos de
atendimento, os bancos lesam "a
vida e a integridade física dos trabalhadores".
(THIAGO GUIMARÃES)
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