São Paulo, quarta-feira, 06 de outubro de 2004

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MINAS

Trabalhadores receberão indenização; vigias terão coletes

Banco Rural é condenado a pagar R$ 550 mil por falta de segurança

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O Banco Rural foi condenado pela Justiça do Trabalho de Minas Gerais a pagar indenização de R$ 550 mil por danos coletivos que teriam sido causados a seus trabalhadores pela suposta falta de condições de segurança em suas agências.
A decisão da juíza Maritza Eliane Carvalho, da 28ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, atende a pedido do Ministério Público do Trabalho. Além do pagamento da indenização, a ser revertida ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), determina ao Banco Rural a instalação, em 60 dias, de vidros à prova de balas e portas giratórias de segurança em suas 11 agências no Estado.
Pela decisão, do dia 14 de setembro, o banco também fica obrigado a fornecer coletes à prova de balas aos vigilantes das agências. No caso de descumprimento de qualquer um dos itens, a multa é de R$ 1.000 por dia.
Em nota, o Banco Rural informou que já recorreu da decisão e que está aguardando o resultado.
O Ministério Público do Trabalho está processando, em ações semelhantes, 31 bancos que mantêm agências no Estado.
Segundo o Ministério Público, bancos como Itaú, Nordeste, Banco do Brasil e HSBC já foram condenados ao cumprimento de medidas de segurança.
"Essas ações têm como objetivo tornar mais seguro o ambiente de trabalho de vigilantes, bancários e prestadores de serviço, dado o nível crescente de violência urbana no país", afirmou o procurador do Trabalho Antônio Carlos Oliveira Pereira.
Para o Ministério Público do Trabalho, ao não cumprirem lei estadual de 1998 que determina a instalação de dispositivos de segurança em agências e postos de atendimento, os bancos lesam "a vida e a integridade física dos trabalhadores". (THIAGO GUIMARÃES)


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