São Paulo, sexta-feira, 06 de outubro de 2006

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Laudo conclui que Carla mentiu sobre roupa

Laudo do Instituto de Criminalística aponta que namorada de Ubiratan deu blusa e jaqueta diferentes das que usava no dia do crime

Calça usada pela acusada de matar Ubiratan, no dia do crime, tinha vestígios de sangue; perícia dirá de quem é o sangue

DA REPORTAGEM LOCAL
DO AGORA

A advogada Carla Cepollina, 40, acusada de ter assassinado o namorado, o coronel da reserva da PM Ubiratan Guimarães, 63, entregou à polícia roupas diferentes das que usou no dia do crime, aponta laudo do IC (Instituto de Criminalística).
Segundo o resultado dos exames, a blusa e a jaqueta que a advogada deu para serem periciadas não são as mesmas que ela vestia no dia 9 de setembro -data em que o coronel foi morto com um tiro da sua própria arma, um revólver calibre 38, que sumiu da cena do crime.
Para chegar a essa conclusão, a perícia se baseou nas imagens em que Carla aparece vestida com roupas claras -captadas pelo circuito interno de câmeras de seu apartamento.
De acordo com policiais do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), que ainda não concluiu o inquérito, a advogada entregou uma blusa escura. A blusa verdadeira, a clara, havia sido pega pela polícia numa das buscas à casa dela. Estava dentro de um balde com água.
Ainda segundo laudo do IC, outra muda de roupa, uma calça de veludo verde escuro que Carla vestia no dia do crime, tem manchas de sangue. A calça também havia sido entregue molhada à perícia. A própria empregada da advogada confirmou ter visto manchas vermelhas nela em seu depoimento à polícia. Resta agora saber se o sangue é da acusada ou de Ubiratan. O resultado do exame ainda não ficou pronto.
Carla foi indiciada por homicídio doloso qualificado por motivo fútil (ciúmes) e recurso que impossibilitou a defesa da vítima (estava desarmada). Ela nega ter cometido o crime.
O advogado de Carla Cepollina, Antônio Carlos de Carvalho Pinto, diz que questionará os métodos empregados pelo IC quando receber cópias dos laudos. "Isso será feito em juízo. Não há como questionar o IC agora". Após concluído, o inquérito irá para a Promotoria.


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