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Alunos da USP
dizem que CAs vão perder autonomia
FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL
Cerca de cem alunos da USP
fizeram ontem um protesto, na
Cidade Universitária, em que
acusaram a instituição de cercear a liberdade e a independência deles na instituição.
Os manifestantes, alunos da
FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), chegaram a ocupar a diretoria da faculdade por 40 minutos. Os estudantes dizem que, a
partir de uma regulamentação
da reitoria, algumas faculdades
vão retirar os espaços destinados aos centros acadêmicos e
passarão a controlar as finanças dessas entidades. Isso se daria pelo fato de o dinheiro, antes de chegar ao CA, ter de passar pela direção da escola.
Além disso, os alunos afirmam que não podem mais fazer panfletagem no campus.
"Tudo isso é um ataque à
nossa autonomia", disse o
membro do CA de Letras Rafael de Almeida Padial, 19, que
discorda da estimativa da universidade e afirma que havia
300 alunos do protesto.
"Na minha opinião, o cerceamento da nossa liberdade faz
parte de um movimento para
tornar a universidade uma produtora de conhecimento apenas para o mercado, deixando
de lado outros conhecimentos", disse o estudante.
Outro lado
A USP negou que queira cercear a liberdade dos alunos. O
diretor da FFLCH, Gabriel
Cohn, disse que, no caso da sua
faculdade, a intenção é utilizar
parte do espaço hoje usado pelo
CA para construir um local de
convivência. Sobre os recursos,
Cohn disse que a regulamentação prevê apenas que 60% da
verba arrecadada com o xerox
será destinada aos CAs.
Já o diretor de operações do
campus, Ronaldo Pena, disse
que a panfletagem foi repreendida só em casos específicos.
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