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Mãe que jogou bebê em rio será indiciada
RENATA BAPTISTA
DA AGÊNCIA FOLHA
A Polícia Civil de Minas Gerais vai indiciar Elisabete Cordeiro dos Santos, 25, que confessou ter jogado a filha recém-nascida no ribeirão Arrudas,
em Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte),
sob acusação de homicídio.
O delegado do 4º Distrito Policial de Contagem, Anderson
Pires Bahia, deve finalizar o inquérito em dez dias.
A criança, que estava sendo
chamada de Michele, morreu
na noite de anteontem por falência múltipla de órgãos.
Ela estava internada no Hospital Municipal de Contagem
desde domingo, quando foi encontrada no ribeirão -um dos
mais poluídos da região de BH.
O bebê entrou em coma na segunda-feira, com danos cerebrais graves -causados por falta de oxigenação-, e respirava com ajuda de aparelhos.
O corpo da criança permanecia ontem no IML (Instituto
Médico Legal). De acordo com
a Polícia Civil, se em 30 dias nenhum parente de Santos apresentar os registros de nascimento e de óbito da criança, ela
será enterrada como indigente.
Segundo André Barbosa, um
dos dois defensores públicos de
Santos, um irmão dela deu entrada nos registros ontem.
Flávio Lélles, outro defensor
de Santos, disse que ela está
sendo submetida a exames psicológicos para constatar se tinha depressão pós-parto, o que
atenuaria a pena. "Ficamos sabendo que querem indiciá-la
por homicídio doloso [com intenção de matar] e qualificado
[por impossibilidade de defesa
da vítima]. A defesa não entende desta maneira. Estamos trabalhando com as hipóteses de
infanticídio ou de auto-aborto", disse Barbosa.
A pena para homicídio é de
seis a 20 anos de prisão, enquanto que para infanticídio e
auto-aborto é de dois a seis
anos e de um a três anos de reclusão, respectivamente.
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