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Reitores já admitem adiar em até 15 dias início do ano letivo
Prazo foi citado pelo presidente da Andifes, que reúne os dirigentes de instituições federais
Universidades federais avaliam o que fazer diante do adiamento do Enem;
em alguns casos, não será preciso alterar o calendário
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
As universidades que adotam
o Enem em seus processos seletivos poderão atrasar em até
15 dias o início do ano letivo de
2010 em razão do adiamento
do exame. O prazo foi mencionado ontem por Alan Barbiero,
presidente da Andifes, a associação que congrega os dirigentes de instituições federais.
"Se forem 15 dias a mais, é um
esforço possível. Se for mais, aí
fica difícil", disse Barbiero, que
participou de reunião com representantes de universidades,
governos estaduais e do Ministério da Educação.
Ele não descartou que universidades que haviam decidido utilizar o exame mudem de
ideia e adotem só o vestibular
tradicional. Segundo ele, a decisão caberá a cada instituição.
Se ocorrer o adiamento do
início do ano letivo, que em geral começa em meados de fevereiro, as universidades poderão
atrasar as férias de julho para
respeitar a lei, que prevê 200
dias letivos por ano, ou cem a
cada semestre.
Na reunião, o MEC mostrou
um levantamento com as datas
dos principais vestibulares do
país, de instituições federais e
estaduais. Segundo Barbiero,
não havia nenhum fim de semana sem um processo seletivo já marcado. Ainda assim,
não foi discutida a possibilidade de marcar o Enem em dias
úteis. A data do exame só deverá ser anunciada amanhã.
No caso dos institutos federais tecnológicos, já é certo que
o sistema de seleção será feito
com o Enem.
Universidades
Na Unifesp, como a nota do
Enem não é necessária para a
convocação para a segunda fase, ela poderá ser usada mesmo
se o exame ocorrer em dezembro. O Enem é a única forma de
seleção para 19 cursos da Unifesp; nos outro sete, responderá por 1/3 da nota. A divulgação
dos resultados, prevista para 28
de janeiro, poderá atrasar.
A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) informou
que o Enem permanece valendo como a primeira fase do processo seletivo. A segunda fase,
marcada para 9 e 10 de janeiro,
poderá ser alterada.
A UFMT (federal de Mato
Grosso) informou que a nova
data do Enem não trará problemas, já que a matrícula é no início de fevereiro, e as aulas só começam em março.
Na Ufersa (Universidade Federal Rural do Semi-Árido), o
conselho universitário vai se
reunir para decidir se usará ou
não o Enem neste ano, já que a
matrícula está prevista para 20
de janeiro.
Segundo a Ufal (federal de
Alagoas), o adiamento do Enem
não deve afetar o início das aulas, no final de fevereiro. Já a
UFPE (federal de Pernambuco) diz que o início das aulas,
previsto para 22 de fevereiro,
atrasará em cerca de 20 dias.
A Ufop (federal de Ouro Preto) prevê até dez dias de atraso
do início do ano letivo.
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