São Paulo, terça-feira, 06 de outubro de 2009

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Reitores já admitem adiar em até 15 dias início do ano letivo

Prazo foi citado pelo presidente da Andifes, que reúne os dirigentes de instituições federais

Universidades federais avaliam o que fazer diante do adiamento do Enem; em alguns casos, não será preciso alterar o calendário

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

As universidades que adotam o Enem em seus processos seletivos poderão atrasar em até 15 dias o início do ano letivo de 2010 em razão do adiamento do exame. O prazo foi mencionado ontem por Alan Barbiero, presidente da Andifes, a associação que congrega os dirigentes de instituições federais.
"Se forem 15 dias a mais, é um esforço possível. Se for mais, aí fica difícil", disse Barbiero, que participou de reunião com representantes de universidades, governos estaduais e do Ministério da Educação.
Ele não descartou que universidades que haviam decidido utilizar o exame mudem de ideia e adotem só o vestibular tradicional. Segundo ele, a decisão caberá a cada instituição.
Se ocorrer o adiamento do início do ano letivo, que em geral começa em meados de fevereiro, as universidades poderão atrasar as férias de julho para respeitar a lei, que prevê 200 dias letivos por ano, ou cem a cada semestre.
Na reunião, o MEC mostrou um levantamento com as datas dos principais vestibulares do país, de instituições federais e estaduais. Segundo Barbiero, não havia nenhum fim de semana sem um processo seletivo já marcado. Ainda assim, não foi discutida a possibilidade de marcar o Enem em dias úteis. A data do exame só deverá ser anunciada amanhã.
No caso dos institutos federais tecnológicos, já é certo que o sistema de seleção será feito com o Enem.

Universidades
Na Unifesp, como a nota do Enem não é necessária para a convocação para a segunda fase, ela poderá ser usada mesmo se o exame ocorrer em dezembro. O Enem é a única forma de seleção para 19 cursos da Unifesp; nos outro sete, responderá por 1/3 da nota. A divulgação dos resultados, prevista para 28 de janeiro, poderá atrasar.
A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) informou que o Enem permanece valendo como a primeira fase do processo seletivo. A segunda fase, marcada para 9 e 10 de janeiro, poderá ser alterada.
A UFMT (federal de Mato Grosso) informou que a nova data do Enem não trará problemas, já que a matrícula é no início de fevereiro, e as aulas só começam em março.
Na Ufersa (Universidade Federal Rural do Semi-Árido), o conselho universitário vai se reunir para decidir se usará ou não o Enem neste ano, já que a matrícula está prevista para 20 de janeiro.
Segundo a Ufal (federal de Alagoas), o adiamento do Enem não deve afetar o início das aulas, no final de fevereiro. Já a UFPE (federal de Pernambuco) diz que o início das aulas, previsto para 22 de fevereiro, atrasará em cerca de 20 dias.
A Ufop (federal de Ouro Preto) prevê até dez dias de atraso do início do ano letivo.


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