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WALDEMAR CLARO (1927-2010)
Investigador de polícia e pescador
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
Um dos irmãos de Waldemar Claro, 13 anos mais velho do que ele, já era do ramo, e acabou cooptando-o.
Após um tempo trabalhado como assistente técnico
da Santista, uma empresa de
tecelagem, Waldemar começou no início dos anos 50 na
mesma carreira do irmão, como investigador de polícia.
Nascido em São Paulo, ele
era filho de portugueses que
chegaram no começo do século passado ao Brasil. Seu
pai foi motorneiro -dirigia
os antigos bondes.
O irmão, Adelino, 40 anos
de Polícia Civil nas costas,
chegou a ser chefe dos investigadores. Já Waldemar permaneceu na mesma função
até se aposentar, em 1983.
Como tinha uma profissão
dura e arriscada, de não saber se voltaria para casa ao
fim do dia, desaconselhava
os filhos a seguirem-na. Sua
mulher, então, nem queria
imaginar seus meninos trabalhando na polícia.
Dos três filhos que teve
com a dona de casa Herminda, com quem se casou em
1953, dois viraram engenheiros e uma, médica -para o
alívio geral dos pais.
Depois da aposentadoria,
Waldemar pôde se dar ao luxo de mudar as pescarias de
sábado, na represa Billings,
em São Paulo, para as quintas-feiras. Ia sempre com o
companheiro Rato, que o
ajudava na tranquila tarefa
de apanhar tilápias.
Viúvo em 1983, viveu com
outra companheira até 2008,
quando ela morreu.
Desde os 79, sofria de Alzheimer. Morreu na sexta,
aos 82, de insuficiência respiratória. Teve seis netos e uma
bisneta. A missa de sétimo
dia será hoje, às 19h30, na
paróquia Cristo Rei, em SP.
coluna.obituario@uol.com.br
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