São Paulo, quarta-feira, 06 de outubro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

WALDEMAR CLARO (1927-2010)

Investigador de polícia e pescador

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Um dos irmãos de Waldemar Claro, 13 anos mais velho do que ele, já era do ramo, e acabou cooptando-o.
Após um tempo trabalhado como assistente técnico da Santista, uma empresa de tecelagem, Waldemar começou no início dos anos 50 na mesma carreira do irmão, como investigador de polícia.
Nascido em São Paulo, ele era filho de portugueses que chegaram no começo do século passado ao Brasil. Seu pai foi motorneiro -dirigia os antigos bondes.
O irmão, Adelino, 40 anos de Polícia Civil nas costas, chegou a ser chefe dos investigadores. Já Waldemar permaneceu na mesma função até se aposentar, em 1983.
Como tinha uma profissão dura e arriscada, de não saber se voltaria para casa ao fim do dia, desaconselhava os filhos a seguirem-na. Sua mulher, então, nem queria imaginar seus meninos trabalhando na polícia.
Dos três filhos que teve com a dona de casa Herminda, com quem se casou em 1953, dois viraram engenheiros e uma, médica -para o alívio geral dos pais.
Depois da aposentadoria, Waldemar pôde se dar ao luxo de mudar as pescarias de sábado, na represa Billings, em São Paulo, para as quintas-feiras. Ia sempre com o companheiro Rato, que o ajudava na tranquila tarefa de apanhar tilápias.
Viúvo em 1983, viveu com outra companheira até 2008, quando ela morreu.
Desde os 79, sofria de Alzheimer. Morreu na sexta, aos 82, de insuficiência respiratória. Teve seis netos e uma bisneta. A missa de sétimo dia será hoje, às 19h30, na paróquia Cristo Rei, em SP.

coluna.obituario@uol.com.br


Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: PM do Rio expulsa policiais do caso Rafael
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.