São Paulo, quinta-feira, 06 de outubro de 2011

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USP volta a aparecer entre as 200 melhores do mundo

Universidade é a única da América Latina presente no ranking da THE

Avaliação, criada há 8 anos, está entre as mais respeitadas do mundo; pesquisa impulsionou melhora de brasileira

VAGUINALDO MARINHEIRO

DE LONDRES

A Universidade de São Paulo volta a ocupar posição entre as 200 melhores universidades do mundo no ranking da THE (Times Higher Education), um dos mais respeitáveis internacionalmente. Após figurar em 232º no ano passado, está agora em 178º.
É a única universidade da América Latina na elite do ensino superior mundial. O resultado foi antecipado pela Folha. Com ontem.
A Unicamp perdeu posições. Em 2010, ocupava o 248º lugar. Aparece agora no 286º. A THE não divulga a posição das universidades além do 200º lugar, mas é possível conhecer a alteração da Unicamp por meio do aplicativo para iPhone do estudo.
A americana Harvard, que liderava a lista desde sua criação, há oito anos, perdeu sua posição para o Instituto Tecnológico da Califórnia.
Segundo Phil Baty, responsável pelo ranking, a USP avançou principalmente no campo das pesquisas. "Há mais trabalhos publicados no exterior e a universidade foi capaz de atrair dinheiro para realizá-los. Além disso, melhorou sua reputação."
Sobre a Unicamp, Baty disse que ela manteve o nível de 2010, mas foi superada por outras porque aumentou a concorrência no pelotão que fica abaixo do 200º lugar.
O ranking da THE é feito a partir de 13 critérios. São considerados a relação professor/aluno, percentual de doutores, internacionalização (número de professores e alunos estrangeiros), pesquisa (desenvolvimento de produtos e conhecimento) e citações.
"Para estar na elite é preciso produzir conhecimento relevante para o mundo. Não basta formar bons profissionais", afirma Baty.
O salto da USP tinha sido apontado em outros rankings, como Webometrics, Academic Ranking of World Universities (Xangai) e QS. Eles têm critérios diferentes, mas estar bem posicionado significa prestígio e mais facilidade em obter financiamento.

DESTAQUES
Os EUA continuam a dominar o ranking, com 75 universidades entre as 200 melhores -7 das 10 primeiras.
Em segundo lugar aparece o Reino Unido, com 32 entre as 200 e 3 entre as 10 mais. Os emergentes Coreia do Sul e China aparecem, cada um, com três instituições na lista.
A Suíça é o primeiro país de língua não inglesa a aparecer no ranking, com o Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, em 15º lugar.
A língua ajuda a atrair professores e alunos de fora, na divulgação de trabalhos e no reconhecimento mundial.
Mas o que mais uma vez fica claro é que dinheiro faz a diferença. As dez melhores são universidades ricas, que cobram mensalidade e recebem muita verba dos governos e da iniciativa privada para realizar pesquisas.
"O dinheiro é fundamental. É ele que permite contratar os melhores profissionais, manter boas instalações e fazer pesquisas", diz Baty.


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