|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
INFÂNCIA PERDIDA
Zequinha Barbosa deve cumprir pena em regime semi-aberto
Ex-atleta é preso por exploração sexual
HUDSON CORRÊA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ (MT)
A Justiça de Mato Grosso do Sul
condenou anteontem o ex-campeão mundial de atletismo José
Luiz Barbosa, o Zequinha Barbosa, 43, a cinco anos e quatro meses
de prisão por exploração sexual
de crianças e adolescentes.
Zequinha deverá cumprir a pena em regime semi-aberto, ou seja, terá que dormir na prisão. O
ex-campeão pode apelar em liberdade ao Tribunal de Justiça de
Mato Grosso do Sul. Ele nega todas as acusações.
O juiz da 2ª Vara Criminal da
Campo Grande, Luiz Carlos de
Souza, condenou também dois
ex-vereadores, a mãe de uma adolescente e um ex-assessor de Zequinha Barbosa.
O ex-vereador César Disney, 44,
foi condenado a 39 anos de prisão
em regime fechado por estupro,
atos libidinosos e exploração sexual de criança e adolescente.
Desde anteontem à noite, Disney estava preso em uma delegacia de polícia de Campo Grande.
No fim da tarde de ontem, foi
transferido para o Comando da
Polícia Militar.
Antônia Mendes Gomes, mãe
de uma adolescente explorada, foi
condenada a 27 anos de prisão
pois teria permitido os supostos
crimes cometidos por Disney.
Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, o ex-vereador mantinha relações sexuais
com uma adolescente desde
quando ela tinha 10 anos de idade.
Havia consentimento da mãe,
conforme a promotoria.
Robson Martins, 41, também
ex-vereador, foi condenado a seis
anos de prisão em regime semi-aberto. Luiz Otávio Anunciação,
41, ex-assessor de Zequinha, recebeu pena de sete anos de reclusão.
Os dois, segundo o juiz, cometeram crimes de exploração sexual
de adolescentes.
Zequinha teria mantido relações sexuais com a mesma adolescente vítima de Disney e com
outras duas meninas. Martins e
Anunciação também teriam sido
"clientes" das meninas, pagando
de R$ 40 a R$ 80 por "programa".
O caso veio à tona em agosto do
ano passado, quando as meninas
foram descobertas em uma casa
de prostituição. No fim de outubro de 2003, a Promotoria denunciou todos os envolvidos.
Texto Anterior: Memória: Suposto suborno levou empresário à prisão em junho Próximo Texto: Outro lado: Defesa, que negou crime em 2003, não foi localizada Índice
|