São Paulo, domingo, 06 de novembro de 2005

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"É injusto eles não pagarem"

DA REPORTAGEM LOCAL

"Há morador com quatro carros, que vive numa casa de R$ 500 mil, mas não quer pagar por algo que valoriza seu patrimônio. Eu não posso ficar pagando pelas benesses dele a vida inteira", diz Luiz Figueiredo, representante da associação de moradores de um loteamento de Cotia que tornou a mensalidade obrigatória em 2004.
Figueiredo diz não haver diferença de tratamento aos que não pagam as taxas. Avalia ser histórica a tendência da população de se agrupar para "se proteger".
Amauri Martinez, que atua na administração de um loteamento fechado em Indaiatuba, diz que a decisão de entrar com ações judiciais se deu depois de esperar "a boa vontade" dos moradores. "O cara se beneficia da portaria, da valorização do imóvel. Não é justo que não pague. Mas quem vai decidir é a Justiça."
Nicodemo Sposato Neto, presidente da associação das vítimas de loteamento, diz que há mais de 200 ações de cobrança contra moradores que não querem pagar as taxas em Cotia. "O poder público enriquece: abre mão de sua função, mas não de impostos."
A cidade de São Paulo tem dezenas de bolsões residenciais. Mas só sete estão regularizados sob a legislação em vigor, de acordo com Regina Monteiro, da direção da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização).


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